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Circulação de ônibus no DF sofrerá redução nos horários de pico

Frota deve ser reduzida em 30% com a suspensão das meias viagens nos horários mais cheios. Rodoviários não aceitaram reajuste de 3,987%

atualizado

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Daniel Ferreira/Metrópoles
Raio x da Rodoviária do Plano Piloto – Brasília, DF – 20/07/2015
1 de 1 Raio x da Rodoviária do Plano Piloto – Brasília, DF – 20/07/2015 - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

Motoristas e cobradores de ônibus do Distrito Federal decidiram reduzir as atividades nos horários de pico a partir desta segunda-feira (3/7), suspendendo as meias viagens. A decisão foi tomada em assembleia na manhã deste domingo (2) após os funcionários não chegarem a um acordo com os patrões e adiarem a possibilidade de greve. A medida vai deixar aproximadamente 30% da frota nas garagens.

O serviço será afetado nos horários de pico das 5h e das 17h45. Uma nova assembleia foi marcada para o domingo (9). Caso não haja acordo, os profissionais vão entrar em greve na segunda-feira (10).

O sindicato jamais vai aceitar a retirada de direitos. Decidimos por reduzir a jornada considerada como hora extra, nos horários de pico

João de Jesus, diretor do Sindicato dos Rodoviários

Desde maio, a categoria tem negociado reajuste de salários, mas não chegam a um acordo com os empresários. Na manhã deste domingo (2), houve reunião entre as duas partes. Foi apresentada uma proposta de reposição de 3,987% nos seguintes itens: salário, cesta básica e tíquete-alimentação, reajustados de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Os rodoviários recusaram a proposta.

Eles reivindicam 10% de reajuste salarial e de 20% no tíquete-alimentação, além de passe livre no metrô. Os empresários alegam não ter dinheiro para custear o aumento e acusam o Governo do Distrito Federal (GDF) de atrasar repasses.

Histórico de paralisações
Em maio, os rodoviários fizeram paralisação de 24h após atraso no depósito do adiantamento de salário do mês. Em 2016, uma greve da categoria foi evitada no dia em que deveria começar. Ainda assim, por duas semanas, em julho, motoristas e cobradores rodaram com apenas 60% da frota, até aceitarem uma proposta de reajuste salarial de 10%. A categoria reivindicava aumento de 19,8%.

Em 2014, a situação foi parecida e, às vésperas de uma greve, os rodoviários conseguiram reajuste de 20%, um dos maiores entre os concedidos em todo o Brasil naquele ano. Já em 2015, a greve chegou a ocorrer e durou três dias, até que ambas as partes chegaram a um acordo e a categoria teve aumento salarial de 10%.

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