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Chegada das chuvas coloca DF em estado de alerta

Defesa Civil faz levantamento das áreas de risco, bocas de lobo são limpas e árvores cortadas. Mas novo sistema de drenagem das águas continua no papel

atualizado

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Pedro Ventura/Agência Brasília
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1 de 1 21225193628_4272d3cdd9_h - Foto: Pedro Ventura/Agência Brasília

Se antes a preocupação era com a seca, incêndios florestais e a baixa umidade do ar, agora a mobilização é outra. Entra na pauta das prioridades de diversos órgãos do GDF a poda de árvores, limpeza das bocas de lobo, checagem nas linhas de transmissão de energia e monitoramento das áreas de risco, que tradicionalmente registram alagamentos e desmoronamentos.

Ações que ajudam, mas não resolvem os transtornos causados pelas chuvas na vida dos brasilienses, já que a construção de um novo sistema de drenagem de águas pluviais em vários pontos do Distrito Federal ainda não saiu do papel.

Velho problema quando se trata de chuva, as bocas de lobo estão passando por uma limpeza geral. A ação já foi realizada nas quadras 116, 216 e 316 da Asa Norte pela Subsecretaria de Proteção e Defesa Civil,  juntamente com o Detran e a Novacap. A estimativa é que pelo menos 10 mil bueiros sejam limpos até a chegada das chuvas.

A ação é considerada de fundamental importância, já que um estudo realizado pela Universidade de Brasília (UnB) apontou que o DF tem 385 pontos de inundação e a falta de escoamento da água é um dos principais motivos dos alagamentos.

 

Reunião de integrantes da Defesa Civil para fechar ações preventivas ao período das chuvas*Defesa Civil/Divulgação

Áreas de risco
Já a Defesa Civil corre contra o tempo para finalizar o mapa das áreas de risco. No ano passado, o órgão identificou 36 pontos que mereciam atenção redobrada das autoridades, com 2.356 residências. Entre eles, Vicente Pires, Arniqueiras e Vila Rabelo, em Sobradinho, além dos condomínios Pôr do Sol e Sol Nascente, na Ceilândia.

A expectativa é que o estudo deste ano inclua a região da Asa Norte. Desde o início da construção do Setor Noroeste, os registros de alagamentos aumentaram consideravelmente.

“Quando começa o período de chuvas, nem paro o carro na garagem. No ano passado, todo o subsolo do prédio foi alagado e quase tive perda total”, conta o servidor público Antônio Lopes, 53 anos, morador da 211 Norte. De acordo com o Instituto de Meteorologia (Inmet), as chuvas devem voltar de forma mais frequente a partir da próxima semana. 

No Corpo de Bombeiros, a equipe já iniciou a transição. Mesmo com o período chuvoso despontando este mês, os bombeiros seguirão com a Operação Verde Vivo, que consiste no combate a incêndios florestais. Na segunda quinzena de outubro, a mesma equipe que se reveza nas queimadas atuará para evitar acidentes com árvores, rede elétrica e no resgate a vítimas de alagamentos.

Para a operação Período Chuvoso, a equipe será reduzida, uma vez que a demanda é menor.

Tenente-coronel Marcos Antônio, do Centro de gerenciamento de Desastres do Corpo de Bombeiros

Projeto parado
Com custo estimado em R$ 350 milhões, o Programa Águas do DF foi publicado no Diário Oficial do Distrito Federal em 7 de novembro de 2012. Contudo, a concorrência para execução do projeto foi suspensa pelo Tribunal de Contas do Distrito Federal, em 28 de fevereiro de 2013, após ações movidas por empresas que não foram pré-qualificadas. Isso paralisou o prosseguimento da licitação por mais de um ano.

Eliminar os pontos críticos de alagamentos em áreas urbanas no Plano Piloto e em Taguatinga estão entre os objetivos do programa. O governo pretende aumentar as galerias pluviais para que recebam mais água das chuvas, sem transbordar.  Construir bacias de detenção para filtrar a água que chega no Lago Paranoá também está entre as medidas, por enquanto  restritas a projetos no papel.


Cuidados

Antes das chuvas

  • Providencie a poda ou corte de árvores próximas a residências, com risco de queda (procure a administração regional de sua cidade ou o Corpo de Bombeiros)
  • Conserte as falhas do telhado, troque as telhas quebradas, reforce a fixação renovando pregos e madeiras e isole a fiação elétrica
  • Não acumule lixo nem entulhos nas ruas. Com a chuva, os mesmos vão parar nos bueiros (bocas-de-lobo), causando entupimentos

Durante as chuvas

  • Se o nível da água estiver subindo, vá com sua família para um lugar seguro. Se estiver ao ar livre, procure um abrigo, longe de árvores, pois elas atraem raios e seus galhos podem cair. Evite acidentes

Depois das chuvas

  • Cuidado com a água que for beber. Veja se não foi contaminada pela inundação, o que pode trazer sérios riscos à sua saúde
  • Não use equipamentos elétricos que tenham sido molhados nem os use em locais inundados, pois há risco de choque elétrico e curto-circuito

Se as chuvas vieram acompanhadas de raios, adote também as seguintes medidas

Se estiver em casa

  • Não use telefone (os aparelhos sem fio podem ser usados)
  • Não fique próximo ás tomadas, canos, janelas e portas metálicas
  • Não toque em equipamentos elétricos que estejam ligados à rede elétrica

Se estiver na rua

  • Não segure objetos metálicos longos, tais como varas de pesca e tripés
  • Nunca empine pipas ou aeromodelos com fio
  • Nunca permaneça na água

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