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Cerimonialista acusado de calote repassa culpa para empresas

Francisco Bezerra agradeceu aos clientes que apontaram falhas e disse que “são com elas que vamos crescer neste momento”

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Michael Melo/Metrópoles
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1 de 1 Michael Melo/Metrópoles - Foto: Michael Melo/Metrópoles

O cerimonialista Francisco Bezerra, acusado de dar calote em pelo menos quatro noivas, falou com o Metrópoles na tarde deste domingo (18/10). Ele não se considera culpado por nenhum dos problemas enfrentados por Roberta Souza no dia do seu casamento. Para ele, apenas outra empresa deixou de cumprir o contrato com a cliente.

“Eu estive no local da festa no dia do casamento e acompanhei a noiva até as 16h”, afirma. Ele contou que foi informado, por volta das 20h, que a empresa de som e iluminação não cumpriria o contrato. Pediu então que a funcionária da empresa se retirasse do local da festa.

Ela agrediria toda minha equipe naquele momento. Me senti acuado com a situação. Ela chegou ao local da festa antes que eu pudesse avisar. Não tiro a razão do que ela falou no vídeo, que me xingou, está no direito dela. Qualquer noiva se sentiria assim. Não a encontrei porque estava em outro casamento. E outra, imagine se eu chegasse falando que não vai ter música? Ela ia quebrar minha cara

Francisco Bezerra

O dono da News Cerimonial, orientado por sua advogada, Danielle Baldasso, defende que houve descumprimento contratual por parte da empresa de som e iluminação apenas. A responsável pelo serviço era a Produção 21, de propriedade da ex-mulher do cerimonialista.

A reportagem tentou entrar em contato com os responsáveis, mas o site da empresa está fora do ar e o número de telefone impresso no contrato está errado. O Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) da empresa consta como baixado (atividades encerradas).

Coelho argumenta que não fugiu após o problema de iluminação e som da noiva Roberta Souza. Apenas ficou em casa. “Fiquei na minha casa, na Asa Norte. Na segunda-feira, após o casamento, vi algumas mensagens e vi as reportagens. Fiquei sem chão. Roberta chegou a me ligar exaltada para contar do problema, mas não pudemos sentar para conversar com calma”, disse.

O cerimonialista afirma que o valor pago para o fornecimento de luz e som ficou em R$ 1,5 mil, pago à vista. Bezerra descontou o cheque e repassou o dinheiro para a Produção 21. “Francisco não se exime da responsabilidade porque o contrato foi assinado junto dele. Mas é preciso ter cuidado para não levar isso para o lado criminal, como estelionato. A pessoa que vai dar o golpe em alguém não presta serviço até 20h”, defendeu a advogada.

Segundo Francisco Bezerra, ao contrário do que a noiva Roberta afirmou, o valor firmado com a empresa do cerimonialista não foi de R$ 10 mil, mas de R$ 1,9 mil, pago em duas vezes. Os pacotes de consultoria oferecidos pela News chegam a ultrapassar R$ 3 mil, a depender do número de convidados.

O empresário afirma ter se apresentado na 2ª Delegacia de Polícia, que investiga o caso, e se colocado à disposição para mais esclarecimentos. Em vídeo gravado neste domingo, o cerimonialista  “agradeceu aos clientes que apontaram falhas” e disse que “são com elas que vamos crescer neste momento”.


Outros casos
Sobre a denúncia da professora Marcelle Anne Galvão Dantas, 32 anos, Bezerra alega que não sabia que a noiva tinha entrado na Justiça e que, nesse caso, não ofereceu o serviço de luz e som. “Não realizamos esse casamento porque a noiva desistiu no meio do processo. Não houve má-fé da minha parte”, afirmou. Marcelle afirma que rescindiu o contrato com o empresário em 2013, depois de ler várias reclamações sobre o profissional em páginas da internet e em grupos no WhatsApp,

Já Leyla Ribeiro, 30, alega que o serviço foi feito, porém o cerimonialista não compareceu ao evento. Francisco deslocou uma equipe, mas, de acordo com a noiva, os funcionários estavam perdidos. “Nesse caso, eu realmente não fui, mas minha equipe estava lá e deu tudo certo. O cliente contrata a empresa pessoa jurídica, não o Francisco, pessoa física”, rebateu.

Outro caso é o de Nathália Mendes, 27 anos, que tenta desde 2012 receber o reembolso de um serviço que não chegou a ser feito. “Depois de um mês que o contratei, percebi que não ia dar certo. Ele nunca deu a atenção que eu precisava e me senti desamparada”, lamentou a jovem. “Não trabalhamos nesse casamento. Esse é um caso de rescisão contratual e é tratado na Justiça. A cliente desistiu do serviço”, resume Bezerra.

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