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Cade firma acordo de leniência com OAS para investigar cartel no DF

O acordo foi selado no âmbito da Lava Jato e tem como alvo obras de mobilidade urbana na capital do país

atualizado

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Tony Winston/Agência Brasília
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1 de 1 brt - Foto: Tony Winston/Agência Brasília

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), órgão do Ministério da Justiça, firmou acordo de leniência com a construtora OAS para investigar supostas práticas de cartel em licitações de obras de mobilidade urbana no Distrito Federal.

O documento foi assinado por executivos e ex-executivos da empresa nesta terça-feira (11/7). Por meio da leniência, a empresa e pessoas físicas confessaram a participação na conduta de cartel, forneceram informações e apresentaram documentos probatórios a fim de colaborar com as investigações.

Esse é o 10º acordo de leniência divulgado pelo Cade no âmbito da Lava Jato. O Conselho negociou com a OAS durante 15 meses. A delação, firmada em conjunto com o Ministério Público Federal do DF (MPF/DF), é relacionada exclusivamente à prática de cartel, para a qual o órgão possui competência de apuração.

O Cade informa que, neste momento, todas as informações bem como os documentos relativos ao acordo de leniência serão mantidos em sigilo.

BRT Sul
Uma das obras de mobilidade que estão no centro das investigações da Lava Jato é o BRT – ou Expresso DF. Ex-executivos da Odebrecht, João Pacífico e Ricardo Ferraz delataram irregularidades de quase R$ 800 milhões nas licitações da obra, que liga a região de Santa Maria e do Gama ao centro de Brasília.

Ferraz contou que no final de 2008 Luiz Ronaldo Wanderley, executivo da Via Engenharia, e João Longuinho, diretor da construtora OAS, o procuraram para pedir que a Odebrecht ofertasse proposta de cobertura de preço para o BRT Sul. Segundo Ferraz, foi dado um valor limite para a apresentação do projeto fictício. “Nós tivemos o cuidado de fazer uma coisa coerente. Já com os preços que a gente tem em banco de dados”, detalhou Ferraz.

À  época, de acordo com o executivo, como a empreiteira não tinha interesse no projeto, o acordo foi firmado. “Estávamos focados mais em obras estruturadas, PPPs, como é o caso do Centro Administrativo (Centrad)”, destacou. De acordo com o delator, a intenção era se “cacifar” para eventual oportunidade futura. A contrapartida, no entanto, não teria ocorrido.

 

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