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Bolsonaro manda prender alunas da UnB após ser chamado de homofóbico

Caso ocorreu na Câmara dos Deputados na última segunda-feira (1º/8). Jovens foram levadas pela Polícia Legislativa Federal para prestar esclarecimentos

atualizado

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Wilson Dias/Agência Brasil
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1 de 1 bolsonaro - Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

O deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) pediu a prisão de duas estudantes de artes cênicas da Universidade de Brasília (UnB), que estavam na Câmara dos Deputados. Elas afirmaram, em vídeo, que foram pedir apoio de parlamentares para custear viagem a um encontro de estudantes negros, que ocorreria fora do Distrito Federal. As universitárias foram detidas pela Polícia Legislativa e teriam prestado esclarecimentos por cerca de três horas.

A ação teria ocorrido após as jovens chamarem o deputado de homofóbico na última segunda-feira (1º/8). “São 23h30 e eu estou saindo da Câmara por uma situação super constrangedora e humilhante. Aquele deputado que diz que tem que receber sem-terra e índio com bala, que não respeita o amor e sua diversidade. Aquele deputado machista, que diz que mulher merece ser estuprada, se sentiu ofendido com algo que eu disse, acabou dando voz de prisão para mim e para a minha amiga e passamos por uma situação humilhante”, afirmou Meimei Bastos em vídeo.

 

De acordo com a outra jovem detida, identificada apenas como Tainá, elas estavam em um grupo com mais um amigo, que é branco. “Depois de toda essa situação e do Bolsonaro pedir a voz de prisão, só deram (voz de prisão) para nós, que somos negras. Para mim ficou muito claro o que aconteceu aqui hoje (segunda)”, completou Tainá.

 

Elas ficaram cerca de três horas prestando esclarecimentos junto à Polícia Legislativa Federal.

A assessoria da Câmara dos Deputados enviou nota ao Metrópoles para esclarecer o ocorrido. Confira a íntegra do comunicado.

“Na segunda-feira (1º), o deputado Jair Bolsonaro registrou ocorrência de injúria contra duas estudantes no Departamento de Polícia Legislativa (Depol) da Câmara. Na ocasião, as duas foram conduzidas para prestar depoimento e não ofereceram qualquer resistência. Não houve voz de prisão. O termo circunstanciado vai ser enviado para o Tribunal de Justiça do Distrito Federal.”

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