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Após devolver US$ 1,4 mil que achou no lixo, catador ganha emprego

O dinheiro foi jogado fora acidentalmente pelo cunhado do fonoaudiólogo Bruno Temístocles. Ele já tinha desistido de encontrar a quantia, quando recebeu um telefonema de João com a boa notícia

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
catador
1 de 1 catador - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O catador de materiais recicláveis João Rodrigues Cerqueira, 20 anos, encontrou na terça-feira (20/9) US$ 1,4 mil (cerca de R$ 5 mil) em meio ao lixo e devolveu todo o dinheiro ao dono, o fonoaudiólogo Bruno Temístocles, 34 anos. A atitude do rapaz rendeu a ele uma recompensa de R$ 500, um novo emprego e muito orgulho para a família. “Não tinha nem arroz em casa. Agora, deu para comprar comida e fraldas”, disse ao Metrópoles.

João mora em um barraco na Chácara Santa Luzia, na Estrutural, com a mulher e a filha, de dez meses. Ele recebeu o apoio da família pela ação. “A minha mãe disse que eu fiz a coisa certa. Eles estão orgulhosos de mim e isso me deixa contente”, comemorou.

A oportunidade de um novo trabalho foi dada pelo próprio Bruno na empresa do pai dele. A entrevista será realizada nesta quarta-feira (21/9).

Os dólares foram comprados na última sexta (16) para serem utilizados em uma viagem que Bruno fará com a noiva para a Europa, em fevereiro de 2017. A quantia teria sido descartada por engano pelo cunhado do fonoaudiólogo, que tem apenas sete anos.

A quantia estava embrulhada em um papel, no console do carro. “Nós havíamos pedido para ele recolher e jogar fora todo o lixo que estava dentro do veículo. Ele não teve culpa. Depois que soubemos que o dinheiro tinha ido parar no lixo, fomos atrás da cooperativa para encontrar o caminhão e correr atrás do prejuízo”, disse.

Após acionar a empresa responsável pela coleta, Bruno foi até a cooperativa, na Estrutural, procurar o dinheiro, mas não encontrou. “Eu fiquei das 18h até as 22h procurando sem parar. Reviramos todo o material e, já sem esperança, deixei o meu contato com os catadores para que me procurassem caso achassem a quantia”, explicou.

Ao saber da história, João contou que ficou mais atento ao serviço e acabou encontrando os dólares. “Sou funcionário da cooperativa há seis meses. O meu salário é de R$ 600 (quase 10 vezes menos do que o valor dos dólares). Eles estavam tão desesperados que me empenhei nas buscas até achar”, explicou.

A atitude nobre e a humildade do homem de 20 anos sensibilizaram o fonoaudiólogo, que agora considera João um novo amigo.“Nem acreditamos quando ele ligou. Estou muito feliz com essa honestidade. Foi bem bacana o que ele fez por mim”, afirmou Bruno.

 

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