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Idecan é desclassificado de seleção para organizar concurso da PM

Após confusões no processo seletivo do Corpo de Bombeiros, Polícia Militar decidiu que banca não atende aos requisitos necessários

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
PM – Polícia Militar
1 de 1 PM – Polícia Militar - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

As polêmicas envolvendo o concurso do Corpo de Bombeiros fizeram a Polícia Militar do DF desistir de contratar o Instituto de Desenvolvimento Educacional, Cultural e Assistencial Nacional ( Idecan) para a organizar o concurso da corporação, previsto para este ano, com 2.024 vagas.

De acordo com a PMDF, a banca não atende aos requisitos necessários para organizar o certame. O Idecan tem cinco dias para interpor recurso. Serão 500 vagas para soldado policial, 18 de especialistas corneteiros e 6 para especialistas músicos. Outras 1,5 mil serão para formação de cadastro reserva.

Em nota, o instituto esclarece que a desclassificação não tem qualquer relação com o concurso dos bombeiros, “como fica explícito na publicação relativa ao ato, no Diário Oficial do Distrito Federal, de 14 de março. Cabe ainda ressaltar que há prazo para interposição de recurso, e que o Departamento Jurídico do Instituto já trabalha neste intuito”.

A banca informa ainda que “houve um grande movimento de candidatos contrários à anulação dos certames – inclusive contando com um abaixo-assinado com mais de 1.000 assinaturas e tendo realizado manifestação em frente ao comando-geral do CBMDF”.

A previsão é que a primeira turma de aprovados ingresse no curso de formação de soldados ainda este ano. O salário inicial para quem entra na corporação como soldado de 2ª classe é de R$ 4.096,06. Após o curso de formação, o rendimento passa para R$ 5.245.

Para concorrer a uma das vagas, o candidato precisa ter nível superior completo. A estimativa da PM é que pelo menos 28 mil pessoas se inscrevam.

Os interessados deverão passar por provas objetiva (conhecimentos gerais e específicos) e subjetiva (redação), teste de aptidão física, exames médicos e psicológicos, sindicância de vida pregressa e prática instrumental, no caso das vagas para músico.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública e da Paz Social, hoje, o DF conta com um efetivo de pouco mais de 13.300 policiais militares na ativa, praticamente a mesma quantidade de dez anos atrás, sendo que nesse intervalo a população quase que dobrou. Nos últimos 12 meses, cerca de 2.2 mil militares se aposentaram.

Corpo de Bombeiros
Na semana passada, o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) recomendou a anulação do concurso para soldado condutor e operador de viaturas do Corpo de Bombeiros Militar do DF.

O órgão justificou o pedido baseado em mais de 100 denúncias de irregularidades sobre o certame que chegaram ao conhecimento do MPDFT. Diante destas informações, a Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público (Prodep) recomendou que o Comando-Geral dos Bombeiros anule, em 48 horas, a primeira etapa do concurso para o cargo de soldado condutor e operador de viaturas.

O Ministério Público identificou falhas procedimentais cometidas pelo Instituto de Desenvolvimento Educacional, Cultural e Assistencial Nacional (Idecan), banca organizadora do concurso, durante a primeira etapa do certame, ocorrida no dia 5 de fevereiro.

Entre elas, estão: a não designação prévia das salas para a realização das provas e atraso para o seu início; descontrole por parte dos fiscais em relação à coordenação dos candidatos em sala; divergência entre os nomes constantes nos cadernos de provas e respectivos gabaritos; e não concessão de tempo complementar aos candidatos, uma vez que o certame fora iniciado após o prazo preestabelecido no edital.

 

 

 

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