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Conheça a esquecida história da dupla de samba Les Étoiles

Eram dois homens negros que se apresentavam com o look mais brilhoso e a maquiagem mais cheia de purpurina da moda disco da época

atualizado

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Les Etoiles Foto
1 de 1 Les Etoiles Foto - Foto: Divulgação

Na segunda metade da década de 1970, uma dupla brasileira reinava em Paris. Talvez você imagine logo que é um grupo sertanejo, mas na verdade eram cantores de samba chamados Les Étoiles (As estrelas). E o melhor, eram dois homens negros que se apresentavam com o look mais brilhoso e a maquiagem mais cheia de purpurina que a moda disco da época permitia.

Rolando Faria e Luiz Antônio formaram Les Étoiles, em 1974, na cidade de Barcelona. No ano seguinte, estrearam em Paris. Histórias de artistas não tão populares em suas terras, mas que explodiram no estrangeiro, são comuns. Mas essa dupla é diferente. Além de uma maquiagem e figurino extremamente femininos, eles não poupavam trejeitos e desmunhecadas enquanto cantavam com suas lindas vozes cheias de suingue (como pode ser visto no vídeo de apresentação deles numa TV francesa).

Com uma carreira de extremo sucesso, sobretudo na Europa, é quase assustadora a falta de informação sobre eles na internet. Para escrever esta coluna, eu tive que me contentar com algumas poucas linhas nas partes mais recônditas da rede de computadores (quase precisei apelar para a deep web). Porém, seus discos estão quase todos disponíveis no YouTube, além de imagens das suas aparições na TV francesa — talvez a melhor parte desses registros.

É engraçadíssimo ver aqueles dois explodindo de glitter no rosto e nas roupas, enquanto um apresentador admirado pelas vozes e ritmos tece elogios e faz perguntas sobre a carreira, com a maior seriedade do mundo.

A carreira da dupla acabou em 2002, quando faleceu Luiz Antônio. Rolando Faria continua na estrada e as últimas notícias dele foi que se apresentou no Brasil em 2013.

É uma pena que aqui a gente ouça tão pouco sobre Les Étoiles, tanto pela sua qualidade musical, quanto pela ousadia estética de suas apresentações. Quando hoje se ouve alguém gritar para Liniker, ou MC Linn da Quebrada, “hino” ou “que pisão”, o que dizer daquela dupla de 40 anos atrás? Aquilo também foi um baita pisão que a gente precisa relembrar.

Aliás, que hino é a versão deles de Chica Chica Boum, de Carmem Miranda. HINO!

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