Hollywood entrou na política e grita: “Não apoiamos Trump”

A premiação cultural ficou em segundo plano na última edição do SAG Awards, cerimônia do sindicato dos atores. Boa parte dos astros que passaram pelo tapete vermelho e discursaram no evento fez questão de se manifestar contra Donald Trump.

O ponto central das críticas foi a medida de Trump que proíbe a entrada, nos Estados Unidos, de cidadãos de sete países com maioria populacional muçulmana (Irã, Iraque, Líbia, Somália, Sudão, Síria e Iêmen) por 90 dias.

A comediante Julia Louis-Dreyfus, que ganhou a estatueta por “Veep”, fez um discurso enfático contra o atual presidente. “Eu sou filha de um imigrante. Meu pai fugiu da perseguição da França ocupada pelos nazistas e eu sou uma norte-americana patriota. Eu amo este país. Estou apavorada com esse banimento vergonhoso, isso é não-americano”, disparou.

O ator David Harbour, de “Stranger Things”, que venceu como melhor elenco de série dramática, também partiu para cima do novo ocupante da Casa Branca. “Nós vamos repelir os valentões e abrigar os ‘malucos’ e ‘deslocados”, aqueles que não têm casa, vamos superar as mentiras e caçar os monstros”.

Outros artistas já se posicionaram publicamente contra Donald Trump, como Meryl Streep. “Se mandarmos todos os estrangeiros embora, não vamos ter nada o que assistir a não ser futebol e MMA. E isso não é o que a arte deve ser”, disse a intérprete quando discursou durante o Globo de Ouro.

A postura intransigente e xenófoba de Donald Trump, inclusive, pode atrapalhar diversos campos artísticos dos Estados Unidos. Não é à toa que as principais celebridades do mundo cinematográfico hollywoodiano estão se posicionando contra o atual presidente.

Trump venceu as eleições sem levar a maioria dos votos. Além dos protestos, vai ter que conviver com filmes, séries, comediantes e atores bastantes dispostos a protestar contra as medidas que pretende tomar. Será que ele se segura?