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Como a greve dos roteiristas nos Estados Unidos pode afetar sua vida

Caso a paralisação prometida para 2 de maio ocorra, séries famosas podem simplesmente não estrear novas temporadas

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Arte/Metrópoles
Greve dos roteiristas norte-americanos
1 de 1 Greve dos roteiristas norte-americanos - Foto: Arte/Metrópoles

Os roteiristas norte-americanos, muito provavelmente, vão entrar em greve no dia 2 de maio. Você deve estar pensando: o que diabos eu tenho a ver com isso? Acredite, caso isso aconteça, suas séries e filmes prediletos podem simplesmente não serem lançados.

A crise é maior na televisão do que no cinema. Afinal, os escritores de seriados recebem por episódio e não entregam tudo de uma só vez, enquanto os roteiristas da tela grande produzem um produto fechado e pouco participam da finalização do filme.

A paralisação do Sindicato dos Roteiristas (WGA), então, pode fazer com que seriados importantes e queridos tenham temporadas encurtadas ou nem mesmo estreiem novas sequências. Não se engane, em maior ou menor medida, todas as produções são afetadas.

Para se ter uma ideia, a queda de braço entre o WGA e a Aliança dos Estúdios (AMPTP) afetaria o chamado “Big Six”, que contempla Paramount Pictures, Sony Pictures, 20th Century Fox, Universal Pictures, Walt Disney Pictures, and Warner Bros. Ou seja, os donos da coisa toda.

As emissoras (NBC, CBS, FOX e ABC), fornecedoras de produtos para o mundo inteiro, são as mais afetadas. Com a paralisação, eles ficariam sem conteúdos inéditos e teriam que encher a grade de programação com realities shows e outros formatos.

Os serviços de streaming também estão no alvo. A Netflix, por exemplo, que almeja ser a maior produtora de conteúdos do mundo, ficaria à mercê do catálogo de séries antigas. Novos capítulos de produções do naipe de “House of Cards” e “Orange Is The New Black” seriam comprometidos.

A greve afetaria (e muito) o business do entretenimento. Sem produtos novos, a publicidade — principal fonte de recursos — cairia em níveis preocupantes. Em 2016, esse mercado movimentou US$ 9 bilhões na televisão norte-americana.

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Entenda a crise
Roteiristas e estúdios estão em pé de guerra e, de acordo com a imprensa norte-americana, a greve é iminente. Entre as demandas dos escritores, estão melhorias salariais, plano de saúde e nas condições de trabalho.

A exigência principal é que o repasse de lucros dos estúdios seja maior — isso já acontece em relação aos diretores. Os escritores alegam que as TVs triplicaram a arrecadação nos últimos anos, mas não “repartiram o bolo”. Atualmente, a AMPTP dá US$ 180 milhões e a proposta do SGA pede US$ 535 milhões.

Outra questão envolve o modelo de contrato. Roteiristas querem discutir o pagamento por episódio ou temporada e pedem um acordo que os proteja de ficar muito tempo sem trabalhar. Por exemplo, a série “True Detective” levou ao ar a 2ª temporada em 2015 e, desde então, não lançou a terceira sequência. O modelo, para o SGA, gera insegurança e desemprego à categoria.

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