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Um mantra de gratidão: “nada me é devido. Porém, tudo me é dado”

Ser grato é sentir-se confortável e pleno, com os pés bem fincados no território de saber-se pertencendo e fluindo no amor maior

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Tão vasta quanto a expansão do horizonte, a noção de intensidade do sentimento de gratidão se amplia conforme avançamos em consciência: dois passos para a frente e este horizonte se expande sempre dois passos a mais.

Para muito além de rasas negociações com Deus, em que propomos ser ou fazer algo para receber um retorno, a vida obedece a leis de abundância muito mais amplas e poderosas, cujos efeitos mal suspeitamos.

Ser grato é sentir-se confortável e pleno, com os pés bem fincados no território de saber-se pertencendo e fluindo no amor maior. Assim, na simplicidade trivial da vida, sem qualquer necessidade de grandes feitos. Tão mais cientes de nosso verdadeiro contexto, mais ampliamos nosso ser em gratidão.

Como o peixe que confia na água em que está imerso, começamos a nos dar conta do oceano de bênçãos em que estamos definitivamente mergulhados. Desde a obstinada energia que movimenta os átomos, à manifestação dos elementos que respiramos: fluímos pelos dias tocando as expressões da ânsia da vida por si mesma. Celebramos a certeza do momento presente: tudo é graça!

Vivemos inseridos na ordem de Deus, que se expressa misericordiosamente a todo momento, por meio de suas leis de amor.

“NADA ME É DEVIDO. PORÉM, TUDO ME É DADO!”
Esta frase acessada por uma grande amiga, Petra, expressa o fim maior deste texto: termos consciência da imensidão do que recebemos da vida, que apenas aguarda de nós a expansão desse reconhecimento para além de rápidos lampejos de gratidão.

Para muitos, essa frase soa como um desafio ao entendimento, especialmente nos momentos mais turbulentos da vida: quando nos ferimos, quando erramos, quando algo falta, quando alguém se vai, quando dói.

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No entanto, ao escolhermos acreditar na sabedoria da vida e fluir no amor, conseguimos ver claramente o encadeamento dos fatos que – invariavelmente – cooperam para o florescer de nossa evolução.

Ainda que por meio de uma apresentação a princípio duvidosa, basta um olhar mais atento para atestarmos que o remédio amargo era o que nossa alma mais necessitava para expandir seu potencial. Tal qual a semente que rompe as carnes de seu revestimento epitelial, somente expandimos em tronco, galhos, folhas e flores quando nos permitimos ir além dos limites de tudo que fomos até hoje.

O AMOR NOS TOCA DE FORMA LIVRE, E NÃO IDEALIZADA
Por razões mil, evitamos esse movimento de expansão apegados a medos, inseguranças e caprichos. Idealizamos como essa correspondência do que lançamos ao mundo irá retornar até nós. Cremos que o objeto de nosso amor deve devolver o que esperamos. Assim: num formato XYZ, tal e qual sonhamos. E quando isso não acontece, nos sentimos desatendidos e caímos no paradoxo da escassez.

Porém, se percebo o amor num contexto maior, para além de uma personalidade específica ou de uma correspondência definida, constato que sou infinitamente amado a todo o momento.

Na luz do sol que me aquece; num sorriso que surge no rosto de um desconhecido; no olhar curioso de uma criança; na certeza do oxigênio que se converte em energia nos pulmões; na luz que acendo ao apertar um simples interruptor: quantos irmãos tiveram que cavar, construir e conectar quilômetros de fios para trazer esse conforto ao alcance de meus dedos?

Centenas, milhares de gerações que atuam, em vidas sucessivas, para chegar exatamente onde estamos. Quem somos nós para duvidarmos do oceano de bênçãos em que nadamos todos os dias?

A DEMANDA EXIGENTE DE CADA DIA
Alguns dizem: como posso abrir mão de exigir que alguém mude? Que melhore, que seja diferente? Que me ame como preciso? Que me complete como desejo?

Algumas vezes nos iludimos e criamos desculpas para nós mesmos dizendo: “eu já sirvo muito, e o equilíbrio demanda que eu seja servida de volta”. Como? De que forma específica? De que jeito idealizado? Por quem exatamente?

Cada um, a seu tempo, inevitavelmente florescerá. Não porque alguém especificamente o demanda; mas fundamentalmente porque a vida neste ser, assim, o convoca. É como Chico Xavier diz: a porta do coração somente abre pelo lado de dentro. Não adianta forçar pelo lado de fora…

Porém, abrir mão de exigir não significa desistir da evolução no outro ser. Significa, tão somente, observá-lo ser o que se é (ainda) e reconhecer com gratidão o tudo que já alcançou: quando olhamos amplamente para trás, é sempre muito!

Pare. Respire. Reflita: “Nada me é devido. Porém, tudo me é dado”. Sempre recebemos muito além do que ofertamos. É quase impossível corresponder um centésimo em retorno do que recebemos do universo a cada momento.

A vida convida para que tomemos consciência e agradeçamos pela certeza de fluirmos nesse rio de amor. Nossa vocação mais elevada: ser amor em movimento. Basta alcançar esta confiança, este reconhecimento. Estamos aqui para florescermos, cada um a seu tempo, e expandirmo-nos no gozo infinito da gratidão!

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