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Centrais sindicais ameaçam lançar parlamentares ao ostracismo político

Conheça os bastidores e os personagens das principais notícias desta semana na capital da República

atualizado

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Daniel Ferreira/Metrópoles
Plenário do Senado Federal – Brasília(DF), 10/05/2016
1 de 1 Plenário do Senado Federal – Brasília(DF), 10/05/2016 - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

Mobilização contra a reforma trabalhista
A Central Única dos Trabalhadores e entidades sindicais convocaram, para as 10h desta terça-feira, (11/7) a “Marcha Contra os Assassinos de Direitos” – protesto de servidores públicos e outras categorias funcionais para pressionar os senadores a rejeitarem a proposta de reforma trabalhista do governo federal. O projeto está na pauta do Plenário do Senado (foto em destaque) desta terça e tramita em regime de urgência. A concentração do ato será no Espaço do Servidor, entre os blocos C e D da Esplanada dos Ministérios. A PMDF não divulgou esquema especial para acompanhar a manifestação. As lideranças sindicais já tinham promovido anteriormente duas greves gerais e várias mobilizações pelo país contra a revisão das leis trabalhistas e também das regras para a aposentadoria dos brasileiros.

Reprodução

Ameaça aos parlamentares
Na convocação do ato (imagem acima), o presidente da CUT-Brasília, Rodrigo Britto, destacou que trabalhadores, lideranças sindicais e movimentos sociais de todo o país vão espalhar pelas ruas e redes sociais as caras dos parlamentares que votarem a favor da reforma trabalhista. A estratégia tem objetivo claro: “para que sejam riscados do cenário político nacional”, conforme ressaltou o sindicalista. Ainda que a ameaça não surta efeitos para impedir a votação (e a possível aprovação) do projeto pelo Senado nesta terça, representará desgaste na certa para os senadores que disputarem cargos eletivos em 2018.

Perguntem ao Cristovam
Na pressão contra a reforma trabalhista, o senador Cristovam Buarque (PPS-DF) tem sido metralhado desde o dia 3, quando a CUT-Brasília divulgou o telefone de seu gabinete e passou a orientar os associados: “Ligue para o gabinete do senador Cristovam Buarque e exija que ele vote contra o fim dos direitos. Lembre a ele que ‘quem votar contra a classe trabalhadora, não volta nas próximas eleições'”. Segundo a central, os também senadores pelo DF Hélio José (PMDB) e José Antônio Reguffe (sem partido) já tinham se posicionado contra o projeto. “Mas a pergunta que não quer calar é ‘como votará o senador Cristovam Buarque?’ O parlamentar do PPS não deu nenhum parecer quanto a sua posição na votação do retrocesso trabalhista, mas seu silêncio sinaliza que ele possivelmente votará favorável à TEMERosa reforma. Precisamos impedir que isso aconteça”, destaca o texto.

Novo visual

Alex Ferreira/Acervo/Câmara dos Deputados.
Depois de um período longe dos holofotes, o deputado federal Rogério Rosso (PSD-DF) chamou atenção ao discursar na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, no começo da noite desta segunda-feira (10/7). Durante sessão na qual o relator deu parecer favorável à denúncia de corrupção contra Michel Temer (PMDB-SP), ninguém se importou muito com a opinião de Rosso. Mas não faltaram comentários sobre o seu visual. Ele estava barbudo e com aparência de mais velho: um look que já vinha cultivando nos vídeos divulgados nas redes sociais, sempre tocando guitarra, mas nos quais revelava apenas parte do rosto.

Curumins pataxós precisam de creche

Felipe Menezes/Metrópoles

O Metrópoles recebeu na tarde desta segunda-feira (10/7) a visita do cacique Arakati, do povo pataxó de Porto Seguro (BA). Nas eleições 2016, ele se tornou o primeiro indígena a representar o município onde o Brasil foi “descoberto” e passou a ser conhecido como vereador Renivaldo Braz. Embora seja cacique desde os 16 anos, o homem, que ainda mora em sua tribo, no distrito de Imbiriba, resolveu vir à capital da República pela primeira vez em 48 anos de vida. Busca recursos federais para construir uma creche que atenderá 220 pequenos pataxós e crianças carentes do bairro de Itaporanga. Embora pequeno, o estabelecimento pode revolucionar a vida das mães: hoje elas não têm onde deixar os filhos quando vão trabalhar no turismo, artesanato e cultivo de feijão, mandioca e milho (como manda a tradição pataxó), e temem o tráfico de drogas, que avança na região. Além de conversar com a bancada federal do seu partido, o PV, Renivaldo terá reuniões no Ministério da Saúde e na Funai para tratar do atendimento médico e de infraestrutura para seu povo.

Ato por manutenção de UTIs
Profissionais da empresa que faz a gestão das UTIs do Hospital Regional de Santa Maria, servidores do local e comunidade se unirão durante ato, nesta terça, na entrada da unidade. O grupo pede que os serviços nas UTIs (neonatal, adulto e pediátrica) não sejam interrompidos. Médicos, fonoaudiólogos, psicólogos, fisioterapeutas, entre outros profissionais, estão sem receber há dois meses, uma vez que os pagamentos do GDF à empresa têm sido depositados em juízo, após ação movida pelo Ministério Público local. Os participantes do ato pretendem assinar um manifesto a ser levado ao Judiciário para que outra solução seja dada ao caso, sem prejuízo aos profissionais e à população. O fechamento dos leitos, dizem os servidores, representaria 80 vagas de terapia intensiva a menos no DF.

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