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Vice Renato Santana voltou com a corda toda e focado em 2018

Em entrevista ao Metrópoles, o vice-governador Renato Santana faz balanço do GDF, admite problemas e diz que solução está fora dos gabinetes

atualizado

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Michael Melo/Metrópoles
Governador Rodrigo Rollemberg e Renato Santana
1 de 1 Governador Rodrigo Rollemberg e Renato Santana - Foto: Michael Melo/Metrópoles

Pressionado pela crise gerada a partir do aumento das passagens de ônibus, o governador Rodrigo Rollemberg (PSB) ganhou mais uma pedra no seu já desconfortável sapato. Seu vice, Renato Santana, que andava meio sumido e adora usar a metáfora do “desatador de nós”, voltou com a corda toda.

Focado em 2018, quando estuda sair candidato a deputado federal, e certo de que o governo do qual faz parte já não tem prazo para recuperação, Santana vai fazer carreira solo. Sua estratégia é aparecer e tornar-se um contraponto à letargia do titular que, em meio a uma conjuntura de dificuldades, não conseguiu promover grandes avanços nos primeiros dois anos de governo. A meta de seu partido, o PSD, é eleger pelo menos dois nomes pelo DF.

No dia 31 de dezembro, o vice-governador abriu mão de passar a virada do ano em família para estrelar um vídeo-denúncia, quase eleitoreiro. Dois minutos antes da meia-noite, Santana ligou o play de seu celular na 12ª Delegacia de Polícia, que atende à região de Taguatinga. Desenvolto e como se não fosse governo, mas sim oposição, o vice-governador fez críticas às instalações da DP e exaltou a importância dos policiais.

“Esta delegacia virou central de flagrantes, mas virou sem estar preparada para virar. Vim passar o réveillon em mais uma destas instituições que servem o DF. O servidor é nosso maior patrimônio, temos que zelar por ele. Quanto melhor estiver a Polícia Civil, a Polícia Militar, os bombeiros, os agentes do Detran, melhor estará o Distrito Federal”, disse Santana.

Durante todo o ano passado, Rollemberg se viu às voltas com os policiais civis que reivindicam aumento a partir do reajuste concedido à Polícia Federal, sob a justificativa da paridade entre as corporações. Santana, desta forma, escolheu o calcanhar ferido de Rollemberg para enfiar o dedo sem cerimônia.

Poucas horas depois de deixar a 12ª DP na madrugada do dia primeiro, la estava o vice-governador na posse da Mesa Diretora da Câmara Legislativa. Rollemberg viajava para Aracaju, onde passaria férias. Acabou voltando nesta segunda (02/01) para administrar a crise do aumento das passagens. Mas o estrago político já estava feito. E do alto de sua modesta autoridade de vice, Santana provocou “gestor que sugere aumento deve ser demitido”.

Em entrevista ao Metrópoles na última quinta-feira, o vice-governador fez um balanço dos primeiros dois anos de governo. Ele admitiu que o GDF é merecedor das críticas mais duras feitas pela população, mas afirmou que não vai tentar de descolar de Rollemberg na hora de prestar contas.

Em todas as oportunidades de sua fala já afinada com 2018, o vice pontuou que vai trabalhar duro para mostrar eficiência: “Eu tenho passado 17 horas do dia na rua, dessas 17 horas tenho a percepção de que população não está satisfeita. Temos que corrigir isso. E como identificar? Continuo com a convicção de que é na ponta, o ambiente de gabinete nos traz uma falsa percepção de que está tudo funcionando bem, e não está”. Neste ponto, Santana tem razão e nos outros todos não lhe falta nó.

Assista a um trecho da entrevista:

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