Professores da rede pública do DF estão sendo ouvidos na tarde desta quinta-feira (29/10) no plenário da Câmara Legislativa. Eles relatam os momentos de terror que passaram na quarta (28), após serem agredidos pelos policiais militares durante protesto em vários pontos do DF.

Depois do confronto com a Polícia Militar, eles foram recebidos com rosas brancas pelos parlamentares. Os professores protocolaram denúncia contra a ação policial na Comissão de Direitos Humanos da Casa, presidida pelo distrital Ricardo Vale (PT), e também vão se reunir com a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) para pedir providências.

Segundo Rosilene Correa, diretora do Sinpro, a atitude da polícia “foi um claro exemplo de abuso de poder.”

Às 16h30, a categoria se reúne com a bancada do DF na Câmara dos Deputados e no Senado. O objetivo da reunião é discutir uma conciliação entre o governo e professores locais, que resulte no pagamento do legítimo reajuste devido à categoria e no fim da greve dos docentes, que já dura duas semanas.

Em nota divulgada na manhã desta quinta, a PMDF informou que os policiais agiram de acordo com o que manda a legislação vigente. “Respeitamos os direitos humanos e a ação tinha como objetivo apenas garantir a vontade da maioria da população, o direito constitucional de ir e vir.”

Mais cedo, os professores fizeram uma caminhada de protesto do centro de Taguatinga à Residência Oficial de Águas Claras, local em que o governador Rodrigo Rollemberg (PSB) despacha eventualmente. Os docentes da rede pública estão em greve desde o dia 15. A paralisação já foi decretada ilegal pela Justiça.

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