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Conselheiro do TCDF é provocado e manda policial civil “à merda”

O conselheiro do TCDF Renato Rainha não tolerou a provocação de um policial que o atacou em comentário do Facebook e reagiu energicamente

atualizado

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Daniel Ferreira/Metrópoles
Renato Rainha
1 de 1 Renato Rainha - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

Ex-delegado da Polícia Civil, hoje conselheiro do Tribunal de Contas do Distrito Federal, Renato Rainha é, quase sempre, um lorde. Dono de forte personalidade, ele mantém no TCDF atuação combativa. Mas não costuma se exaltar fora dos autos. Neste domingo (13/8), no entanto, Rainha perdeu a linha e mandou um policial civil ir “à merda” em um comentário no Facebook.

O assunto em debate era o aumento batalhado pela Polícia Civil. Rainha tem se posicionado em favor da paridade entre as corporações (PCDF e PF) que aplicada corrigiria os salários dos policiais civis. Mas o agente André Henrique deu-lhe uma estocada ao insinuar que discurso não resolve a questão dos policiais: “De nada adiantou a sua opinião para solucionar a questão da paridade (em letras garrafais), nobre Delegado (sic)”.

Rainha testou a diplomacia. “André Henrique muito obrigado pela sua opinião e sua educação nobre cidadão (sic)”, escreveu o conselheiro. Mas André Henrique insistiu: “Não posso te agradecer por nada. Vossa Excelência é um conselheiro do TCDF e, ao contrário dos seus antigos pares, a sua remuneração é alta e foge da minha realidade”.

Rainha subiu o tom, disse que o colega não merecia sua atenção e encerrou o assunto não sem antes responder à tréplica do policial para a derradeira  provocação “aguardando a sua atitude em defesa da PCDF. Mesmo que tardia…”. “André Henrique vá à merda”, sugeriu o conselheiro. Após os termos da discussão serem divulgados em grupos de WhatsApp, Rainha tem recebido mensagens de apoio da categoria.

Reprodução

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Rainha foi o primeiro presidente do Sindicato dos Delegados da Polícia Civil. Trabalhou na 12ª Delegacia de Polícia (Centro de Taguatinga), na 15ª DP (Ceilândia), na 4ª DP (Guará) e na 1ª DP (Asa Sul). Entre 1995 e 1988, exerceu mandato de deputado distrital e foi reeleito no exercício seguinte, mas em 2001 interrompeu a carreira política para assumir vaga de conselheiro do TCDF, por indicação dos colegas distritais. Na época, Rainha era tido como um nome de projeção que poderia se tornar competitivo até mesmo na disputa ao governo. Para tirar o competidor de campo, o então governador Joaquim Roriz deu todo apoio (o que foi fundamental) para a migração de Rainha ao Tribunal de Contas.

Embora admita que no cargo de conselheiro não há muito o que ser feito em favor dos policiais, Rainha reverbera as críticas ao governo em torno do impasse. “Ninguém pode de forma responsável prometer algo sem saber que tem condições de cumprir. Se não existem condições para manter o que foi publicamente acertado, há que se dialogar em busca de um consenso”, disse Rainha ao blog. Ele acredita que se o GDF sentasse à mesa com os sindicatos e o governo federal, encontraria uma saída, nem que fosse a elaboração de um calendário para pagamento progressivo do reajuste pretendido.

Sobre o duelo verbal travado com o André Henrique, Rainha afirmou que costuma responder educadamente todos os que lhe abordam nas redes sociais. Mas neste domingo (13), o policial o pegou em um dia difícil. “Foi Dia dos Pais, perdi o meu, que era uma grande referência. Sou humano e não aguentei a provocação.”

O blog enviou mensagem ao policial, mas até esta publicação ele não havia se manifestado.

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