“Você tem algum estilo de decoração como inspiração para o projeto?” Essa é uma pergunta que eu faço para todos os clientes nas primeiras reuniões. E quase sempre eles se sentem completamente perdidos na hora de dar a resposta. Por isso, costumo mostrar uma série de fotos e peço para eles irem me falando o que gostam e o que não gostam em cada estilo.
Com o conhecimento do que eles se identificam, me guio para criar o projeto. Os estilos não definem o que será sua casa, mas podem ser bons guias na hora que bate uma dúvida do que escolher para decorar o seu lar.
Use esses estilos como guia, para facilitar suas buscas de referências, mas não se prenda a eles. Decorar deve ser divertido, um processo criativo, de autoconexão e autoconhecimento. O que realmente importa é a casa refletir quem é você.
Decoração Guia dos estilos
Moderno: é algo meio futurista. Muito led, objetos contemporâneos, detalhes ousados. Certo? Para o senso comum, talvez. Mas quando estudamos e compreendemos a história da arte, da arquitetura e do design, sabemos que quando se fala de moderno, se refere ao modernismo: estilo artístico que nasceu com a revolução industrial, com o século 20, pelas mãos de gênios da criatividade que reinventaram o mobiliário com as novas possibilidades que a tecnologia recém apresentada permita. Rompendo com todo a robustez e peso do século 19. Mas não é pra menos que o moderno, hoje, soe como algo atual. Os móveis e estilos contemporâneos tem um design tão estudado, tão pensado e cheio de arte, que segue sempre com ares inovadores.
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Clássico: aquele apartamento com muito espelho, lustre de bolas de cristal, tapete peludo brilhante, que você chama de clássico, não é clássico. Pra pertencer a esse estilo tem que beber das fontes do passado. E nesse quesito, o clássico em alta é o estilo inglês. Madeira escura, capitonê no estofado, couro, cortinas de pregas, cadeiras com pés cabriolet (que são francesas mas integram o estilo). O clássico inglês pode ser pincelado dentro de outras propostas de estilo mais contemporâneos.
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Contemporâneo moderno: estilo que mistura doses homeopáticas de elementos retrôs, como os pés palitos ou cadeiras poltronas modernistas da década de 1940, com painéis, móveis de vime, sofás retráteis, muitos tons neutros. Ele traz o visual antigo pra quebrar a monotonia.
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Escandinavo: o estilo de vida dos países nórdicos da Europa tem uma influência gigantesca no universo da decoração. O estilo é para quem quer viver o minimalismo com borogodó. O clean cheio de bossa. Em resumo, o estilo combina beleza, simplicidade, acessibilidade e funcionalidade como princípios para a concepção de objetos, mobiliário e ambientes. Um design onde a base branca é o ponto de partida. Daí surgem linhas simples e limpas, cores vivas pontuadas e muita luz e leveza visual.
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Industrial: Tijolos, aço, ferro, concreto e toda a masculinidade do estilo industrial conquistaram a segunda década desse milênio. Mas como toda tendência traz consigo uma contra tendência, o estilo já vem sendo, muito aos poucos, usado com muito mais moderação. Ou seja, seus elementos seguem em alta, mas não mais combinados em sua totalidade.
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Novo Rústico: o rústico não precisa ser, necessariamente, aquela enxurrada de madeira de lei, xadrez, cara de fazenda. Hoje ele é misturado ao design moderno ou contemporâneo, sem perder sua assinatura: o aconchego que o tornou tão querido mundo afora.
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Eu sou uma velha entusiasta do estilo vintage. Não com cara de cenário de novela ambientada nos anos 1970, mas acredito que peças vintage - móveis de família, peças garimpadas, objetos antigos, coisinhas com clima sessentinha - misturados a móveis contemporâneos, têm uma capacidade gigantesca de trazer identidade e charme ao ambiente.
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Minimalismo: a melhor definição para esse estilo, que será tendência após a pandemia, é a frase icônica do arquiteto Mies Van der Rohe: "Menos é Mais". Menos cor, menos elementos. O mínimo necessário. Ainda sim, esbanjando beleza
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