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Bárbara Cortez: o Ancho Bistrô de Fogo só escorrega no purê de banana

Toda vez que vou ao Anchô Bistrô de Fogo com minha amiga Vera dou de cara com a chef Renata Carvalho e seu coque espetaculoso. Isso já é um bom sinal. Lugar de chef — definitivamente — é na cozinha. No caso dela, na parrilla. Ela vem fazendo um bom trabalho diante das brasas. Acompanho […]

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Toda vez que vou ao Anchô Bistrô de Fogo com minha amiga Vera dou de cara com a chef Renata Carvalho e seu coque espetaculoso. Isso já é um bom sinal. Lugar de chef — definitivamente — é na cozinha. No caso dela, na parrilla. Ela vem fazendo um bom trabalho diante das brasas.

Acompanho a chef desde quando ela abriu há três anos o Loca Como Tu Madre, seu outro estabelecimento. Inicialmente, o cardápio do Loca era pretensioso e o atendimento, bem confuso. Muita coisa mudou por ali (ainda bem). É bom ver um estabelecimento “aprendendo” e se remodelando com o passar do tempo e da experiência.

A experiência adquirida foi levada pela nossa chef “Amy Winehouse” quando ela abriu o Ancho em janeiro desse ano. A casa tem inspiração na tradição argentina e uruguaia de usar a brasa para assar e grelhar carne, frango, peixe e legumes. Tudo a ver com a formação de Renata que morou em terras portenhas por um tempo, sem se esquecer das pitadas brasileiras, que fazem toda a diferença.

Ao começar pelas entradinhas, originais e bem pensadas, vá de língua ao vinagrete de chimichurri mais brotos. Deixe seu preconceito de lado e mesmo que não seja a sua praia, navegue nessa belezura. Ela desmancha na boca, tem a acidez correta e vem acompanhada por duas fatias quentinhas de pão.

As empanadas nem deveriam ser chamadas assim. Pois, na verdade, são pastéis em formato diferente. Renata pulou esta aula no curso de gastronomia. Não estou falando que são ruins, mas em nada se assemelham às do El Sanjuanino, local onde são servidas as melhores empanadas de Buenos Aires.

Os belos cortes de carne (ao todo, seis) são o maior trunfo da casa. Um salve especial para o kobe beef, de origem japonesa com gordura entremeada que derrete no fogo. O ponto da carne realmente segue o gosto do cliente, o prato chega quentinho à mesa e as porções; bem servidas. Sem deixar de mencionar os acompanhamentos. Legumes al dente e variados (pedacinho de milho, que delícia) e as batatas, realmente crocantes. O ponto fora da curva é o purê de banana, com consistência molenga demais e adocicado além da conta.

O Ancho também acerta na carta de vinhos e drinques. É equilibrada, pois tem preços pagáveis e variedade sem exagero. Um salve todo especial para a caipirinha. A equipe do bar acerta a bebida do jeito que você quer. A sua recomendação sai do garçom direto para o bartender e volta como solicitado, sem falha.

Por último, quase um pedido: cardápio é para estar no site do restaurante. Disso, não abro mão.

Cortês sim; omissa, não.

DEVO IR?
De olho fechado! Abra só para não se queimar no fogo.

PONTO ALTO
Os cortes das carnes, o tamanho das porções e os preços honestos.

PONTO FRACO:
A empanada que não é empanada.

306 Sul, Bloco C, Loja 28, 3244.7125. Site.

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