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Queijo e cerveja, uma dupla incrível capaz de transformar seu paladar

Assim como somos obcecados por cerveja, também gostamos de queijos – gostamos não, somos apaixonados! É preciso esclarecer, porém, que não estamos falando de qualquer derivado maturado do leite, ok? Não ser industrializado é a primeira regra para atrair nossa atenção e se for feito em queijaria pequena de algum cantinho do país, melhor ainda. Partindo do pressuposto de que estamos falando […]

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André Vasquez/Metrópoles
cerveja e queijo
1 de 1 cerveja e queijo - Foto: André Vasquez/Metrópoles

Assim como somos obcecados por cerveja, também gostamos de queijos – gostamos não, somos apaixonados! É preciso esclarecer, porém, que não estamos falando de qualquer derivado maturado do leite, ok? Não ser industrializado é a primeira regra para atrair nossa atenção e se for feito em queijaria pequena de algum cantinho do país, melhor ainda.

Partindo do pressuposto de que estamos falando de dois produtos que adoram a ação de fungos, que, muitas vezes, melhoram com o tempo e ainda trazem felicidade gustativa, podemos afirmar que cerveja e queijo funcionam sensacionalmente bem juntinhos. Arriscamos dizer até que a sintonia entre eles é muito maior do que entre queijos e vinhos. Você acredita?

Semelhanças e contrastes
Primeiro, vale relembrar a regra básica da harmonização. Existem dois caminhos principais que você pode seguir na hora de combinar a cerveja com seu queijinho artesanal: encontrar queijos com características que se assemelham ou que contrastam com os sabores e aromas do rótulo escolhido.

Por exemplo: apesar de muitos queijos maturados terem baixa concentração de açúcar (já que o açúcar do leite é consumido por bactérias), boa parte tem um quê de adocicado. Quando você constatar essa pegada caramelada, busque cervejas mais maltadas.

Por semelhança, a chance de dar certo é altíssima. Outra sugestão importante é prestar atenção no amargor da sua cervejinha. Dependendo do caso, a dose de lúpulo pode simplesmente matar características importantes do queijo escolhido.

Agora, saiba que queijos ácidos, picantes e de cabra fresco harmonizam com sabores amargos. Legal, né?

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Weiss e Pilsner – Leveza é a palavra de ordem. Para que o queijo não roube completamente a cena, procure opções que sigam a mesma linha da cerveja. Burrata, feta e muçarela fresca são ótimas pedidas.

Amber Ale e Red Ale – Esses estilos de cerveja vão bem com queijos que carregam notas amanteigadas. O mais comum é harmonizar com o gruyère, mas tente com um canastra e seja muito mais feliz.

IPA e Imperial IPA – Assim como o amargor do lúpulo vai bem com comidas fritas, queijos mais gordos têm efeito parecido, e os picantes seguem o mesmo raciocínio. A combinação diferente, neste caso, está no queijo de cabra fresco. Você já viu aquele coberto com cinza de carvão vegetal? Também combina com IPAs, pode confiar.

Porter – Queijos amendoados entram em sintonia fina com o malte torrado e com as notas de castanhas trazidas pelo estilo Porter. Combine com Comté e dê risadas para o vento.

Doppelbock, Brown Ale e Dry Stout – Os três estilos encontram o contraste perfeito em queijos azuis. Outra opção possível para harmonizar essas delicinhas são queijos de ovelha maturados. Neste caso, procure notas de castanha no queijo e experimente a combinação por semelhança.

*André Vasquez e Marina Cavechia são sócios e curadores do clube de cerveja por assinatura Ohmybeer.com.br.

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