Temendo motim, prefeitos do RJ se mobilizam para ajudar a pagar PMs
Gestores garantem pagamento de auxílios a policiais militares com medo que eles cruzem os braços no Estado, como no Espírito Santo
atualizado
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Diante da mobilização de familiares de policiais militares no Rio de Janeiro, prefeitos de algumas cidades começaram a se mobilizar para atenuar a situação financeira da corporação.
O prefeito de Niterói, Rodrigo Neves (PV), anunciou que dará auxílio financeiro de R$ 3.500, em parcela única, a todos os policiais que atuam no município. Já prefeitura de Macaé, no norte fluminense, vai ajudar a pagar o 13º dos oficiais do 32º Batalhão de Polícia Militar, que atende a região.
Em Niterói, a bonificação será paga em fevereiro e soma-se ao Programa Niterói Mais Segura. A prefeitura promete ainda reforçar o trabalho da Guarda Municipal niteroiense, instituindo o auxílio fardamento e incluindo a corporação no programa de metas.“Sabemos que segurança pública é uma atribuição constitucional dos Estados, mas acreditamos que é fundamental a cooperação que estamos realizando com as forças policiais”, disse Neves em sua página em redes sociais.
Macaé
O prefeito de Macaé, Aluizio dos Santos Júnior (PMDB), o Dr. Aluizio, enviou um ofício ao comando do 32º BPM assumindo o compromisso de auxiliar no pagamento do 13º dos policiais em atraso, para evitar que uma situação semelhante à do Espírito Santo na cidade. O pagamento será feito em duas parcelas. A primeira em até três dias úteis e a outra, após 20 dias.
“O momento é de fazer esforços e sacrifícios. A segurança do cidadão não pode estar em jogo. Vamos pagar o décimo terceiro salário dos policiais para que não ocorra nenhuma paralisação em Macaé”, disse o prefeito no Facebook.
Os parentes dos policiais militares estão protestando em frente a 27 batalhões em todo o Estado, na tentativa de pressionar o governo a pagar o 13º salário e outros vencimentos atrasados.