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São Paulo: Polícia investiga outro médico no caso do hospital Einstein

Dois cardiologistas já são investigados suspeitos de receber pagamentos e beneficiar uma empresa fornecedora de stents e outros materiais cardíacos

atualizado

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Divulgação
Hospital Albert Einstein
1 de 1 Hospital Albert Einstein - Foto: Divulgação

A Polícia Civil de São Paulo investiga a participação de mais um médico em um suposto esquema de recebimento de pagamentos irregulares no setor de cardiologia do Hospital Israelita Albert Einstein.

Dois cardiologistas já são investigados suspeitos de receber pagamentos e beneficiar uma empresa fornecedora de stents e outros materiais cardíacos. Médicos renomados na área de cirurgia cardíaca, Marco Antonio Perin foi demitido e Fábio Sandoli de Brito Júnior foi afastado de suas funções na instituição. O recebimento de comissões de qualquer espécie por parte de médicos é proibida pelo Código de Ética Médica.

Agora, a polícia apura se houve participação de Alexandre Abizaid no esquema. Também cardiologista da equipe do Einstein, ele e os outros dois investigados teriam recebido pagamentos da empresa CIC Cardiovascular, fornecedora dos materiais, para privilegiar o uso dos produtos da marca nas cirurgias feitas na instituição. Além de trabalhar no Einstein, Abizaid atua ainda no Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, da rede pública estadual. A Secretaria Estadual da Saúde diz que ele não tem nenhuma interferência no processo de compras do hospital público

Segundo detalhes da investigação divulgados na quarta-feira (21/9), pelo jornal Folha de S.Paulo, a polícia teve acesso a documentos que mostram uma troca de e-mails entre os três médicos combinando a divisão de recursos recebidos, sem citar a fonte pagadora. Em outra mensagem, eles discutem a abertura de uma empresa fora do País, em locais conhecidos como paraísos fiscais.

Os médicos negam irregularidades no recebimento dos pagamentos. O hospital reafirmou, em nota, que segue rigorosos padrões de controle para assegurar que todas as suas relações sejam pautadas pela ética e transparência.

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