metropoles.com

Doenças respiratórias lideram lista de internação no país

Agência Nacional de Saúde Suplementar mostra que 472 mil beneficiários de convênios foram hospitalizados com esses problemas no ano passado

atualizado

Compartilhar notícia

iStock
hospital
1 de 1 hospital - Foto: iStock

Uma pneumonia que manteve Giovanna, de 9 anos, internada por um mês na UTI de um hospital infantil particular de São Paulo. “Ela estava com espasmos na respiração e nitidamente muito mal”, conta a mãe, a professora Rosana Bignami, de 55. A mulher conseguiu a internação da menina, que tem síndrome de down, depois de exaustiva discussão com a médica. “Minha filha só saiu do hospital um mês depois e continuou em tratamento, com fisioterapia pulmonar, por mais 4 meses. Até hoje a voz dela ainda é um pouquinho rouca”, relata.

Outros dados do mais recente Mapa Assistencial da Saúde Suplementar da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) mostram que, embora os problemas cardiovasculares sejam a principal causa de mortalidade no Brasil, são as doenças respiratórias as que levam o maior número de pacientes de planos de saúde à internação. Segundo levantamento da agência, 472 mil beneficiários de convênios médicos foram hospitalizados somente no ano passado com esses problemas, ante 447 mil por doenças do aparelho circulatório.

Bariátrica e parto
Em cirurgias, a ANS destaca o aumento de 20% no índice de bariátricas realizadas pelos planos de saúde. O índice desses procedimentos por 1 mil beneficiários passou de 1,36 em 2014 para 1,63 em 2016, quando foram realizadas 50.443 operações.

“Era um aumento esperado tendo em vista que a obesidade e o sobrepeso estão crescendo na população brasileira. Estamos incentivando as operadoras a adotar programas de prevenção de doenças e promoção de uma vida mais saudável para diminuir o problema”, diz Karla Coelho, diretora de normas e habilitação de produtos da ANS.

Já o “destaque positivo” do Mapa Assistencial foi a redução, ainda que pequena, da taxa de partos cesáreas na rede suplementar. Entre 2014 e 2016, o índice caiu de 85,6% para 84,1%. Segundo recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS), apenas 15% dos partos deveriam ocorrer por meio de cesariana.

“Esse decréscimo se deve a uma série de ações que a ANS vem desenvolvendo há anos”, diz Karla, referindo-se à iniciativa que envolveu cerca de 40 hospitais brasileiros no desenvolvimento de novas diretrizes para evitar cesáreas desnecessárias e melhorar a assistência a gestantes e bebês. “Estamos entrando na segunda fase do projeto, no qual 150 hospitais vão participar”, detalha Karla.

Compartilhar notícia