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Presidente da Chapecoense diz que clube escolheu LaMia pela “tradição”

Ao Metrópoles, Ivan Tozzo garante que contratação não teve interferência da Conmebol e que o frete custou o mesmo que outras cotações

atualizado

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1 de 1 Lamia - Foto: Imprensa do povo/internet

Desde a queda do avião que levava a delegação da Chapecoense e jornalistas brasileiros à Colômbia, na última terça-feira (29/11), a diretoria do clube brasileiro, sempre que questionada sobre a contratação da companhia aérea LaMia, limitava-se a dizer que era hora de pensar apenas em trazer os corpos para o Brasil e apoiar aos parentes das vítimas. Agora, passado o triste velório coletivo na cidade de Chapecó (SC) e com os enterros dos 71 mortos, o questionamento de familiares e de toda a população brasileira voltou: por que a LaMia?

No início das investigações, surgiram denúncias de que a Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) teria indicado a companhia aérea, assim como a prefeitura de Chapecó pagado pelo frete do voo. As afirmações foram rebatidas pelo agora presidente da Chapecoense, Ivan Tozzo. “Ninguém da Conmebol indicou nada para a gente. Isso ficou a cargo nosso, sempre foi assim. Na verdade, a gente escolheu porque todo mundo contratava os serviços deles”, garantiu.

A LaMia já havia sido usada por outros importantes times de futebol, tendo transportado até as seleções da Venezuela e da Argentina, com o craque Messi junto, em 2016. A própria Chapecoense já tinha contratado os serviços da companhia em outubro, e usado o mesmo avião da tragédia, quando o clube catarinense foi até a cidade de Barranquilla, também na Colômbia, enfrentar o time da cidade, pelas quartas de final da Sul-Americana. Segundo Tozzo, o “know how” da empresa fez a Chapecoense optar mais uma vez pela LaMia.

“Nós pagamos pouco mais de US$ 120 mil pelo serviço (R$ 416 mil, na cotação do dólar deste domingo). O valor seria o mesmo se contratássemos outra empresa, mas a LaMia tinha tradição em transportar times de futebol. Tanto que nós fizemos a primeira viagem para Barranquilla com ela e foi tudo certo, deu tudo certo, não teve nenhum problema. Se deu certo aquele jogo e nós nos classificamos, resolvemos pegar o mesmo pessoal e ir para lá”, explicou.

Famílias questionam
As famílias das vítimas desconfiam da qualidade da aeronave. Em entrevista exclusiva ao Metrópoles neste sábado (3), Elizete Bezerra da Silva, 52 anos, mãe do atacante do time Lucas Gomes, morto no acidente, diz que o filho já havia reclamado do avião. “Ele disse que o avião era pequeno, velho e que não devia ser usado por um time como a Chapecoense. O Lucas achava que os jogadores mereciam um avião mais bem preparado”, denunciou.

Apesar disso, Eliete acredita que a Chapecoense seja apenas mais uma vítima entre tantas na tragédia e não descarta entrar na Justiça contra a LaMia. “Eu tenho pouco conhecimento sobre essa parte jurídica, além de tudo, o momento é difícil. Mas eu quero, sim, descobrir o que foi que aconteceu e que os responsáveis paguem pelo que fizeram com meu filho, com a nossa família, com todas essas vítimas”, desabafou.

A família do médico do clube, Marcelo Koury, que também morreu na tragédia, tem pensamento parecido. Nesse momento trágico, Nahiba Koury agradeceu ao apoio da “família Chapecoense” e disse que aguarda ansiosamente pelo fim das investigações sobre o que teria acarretado a queda do avião. “Nada vai trazer meu filho de volta, mas, talvez, descobrir o que aconteceu pode ajudar outras famílias a não passarem pela mesma dor que a nossa”, completou.

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