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Willer Tomaz e Ângelo Goulart abrem oitivas na CPMI da JBS, na quarta

Advogado e procurador acusados de atuar para repassar a Joesley Batista informações sigilosas da Greenfield deporão a partir das 9h, de 27/9

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1 de 1 willer2 - Foto: Reprodução

Está marcada para a próxima quarta-feira (27/9), a partir das 9h, o início das oitivas da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da JBS. Os primeiros a serem ouvidos serão o advogado Willer Tomaz de Souza e o procurador da república Ângelo Goulart Villela (respectivamente, à esquerda e à direita da imagem em destaque). Como os requerimentos para a presença dos dois foram aprovados pelo colegiado como convocação, o não comparecimento implicará em condução coercitiva pela Polícia Federal (PF).

Pela proximidade de ambos com os irmãos Joesley e Wesley Batista, a maioria dos deputados e senadores da comissão acredita que os dois podem trazer informações importantes às investigações. Tanto que a convocação de Willer Tomaz foi aprovada por unanimidade pelo grupo, enquanto a de Ângelo Goulart Villela teve o voto contrário apenas do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP).

A dupla é acusada de utilização de cargo público em benefício do grupo JBS. Segundo as investigações, o advogado Willer Tomaz aliciou o procurador Ângelo Goulart para que ele repassasse informações privilegiadas sobre as investigações da Operação Greenfield — que apura rombo bilionário nos maiores fundos de pensão do país e favorecimento a uma empresa de celulose controlada pelo conglomerado J&F, holding controladora da JBS. Os dois foram presos em 18 de maio, mas liberados no último dia 1º de agosto.

Acusações a Janot
O depoimento do procurador é mais aguardado porque, desde que saiu da cadeia, Ângelo Goulart Villela vem tentando desvalorizar o trabalho do ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot e questionando as delações de Wesley e Joesley Batista. Por esse motivo, o senador Randolfe disse ao Metrópoles ter votado contra a sua convocação.

“Ele quer usar a CPMI para se fazer de vítima. No entanto, a verdadeira intenção é se livrar das acusações graves das quais é alvo. O procurador dirá cada vírgula que os parlamentes anti-Lava Jato desejarem ouvir. E falará isso antes da denúncia de Temer ser votada na Câmara: cairá como uma luva”, avaliou o parlamentar.

A reportagem tentou contato com a defesa do procurador, no entanto, até a publicação desta matéria, ninguém havia retornado as ligações. Já o advogado Willer Tomaz garantiu que irá comparecer a CPMI por vontade própria. “Eu acho muito importante esse momento porque, até agora, eu não tive a oportunidade de me defender e esclarecer as acusações que venho recebendo”, afirmou.

Entenda
A CPMI da JBS foi tirada do papel no último dia 5, depois que o ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot passou a investigar a delação premiada dos irmãos Batista. Na semana passada, quatro senadores – Ricardo Ferraço (PSBD-ES), Cristovam Buarque (PPS-DF), Dário Berger (PMDB-SC) e Otto Alencar (PSD-BA) – deixaram a comissão após Carlos Marun ser eleito relator.

O nome de Marun foi uma exigência do PMDB, partido que tem mais cadeiras no Congresso Nacional. Porém, o deputado é apontado por oposicionistas como um “instrumento” do Palácio do Planalto para atacar os delatores da JBS e Janot.

Formalmente, a comissão tem o objetivo de investigar contratos da empresa com o BNDES e o acordo de delação premiada firmado entre os irmãos Batista e o Ministério Publico Federal.

 

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