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Vice-líder do PMDB na Câmara parabeniza a PF por prisão de Geddel

Carlos Marun (PMDB-MS) também admitiu que a detenção do ex-ministro da Secretaria de Governo entristece integrantes do partido

atualizado

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Ricardo Botelho/Especial para o Metrópoles
Carlos Marun (PMDB-MS)
1 de 1 Carlos Marun (PMDB-MS) - Foto: Ricardo Botelho/Especial para o Metrópoles

Vice-líder do PMDB na Câmara, o deputado Carlos Marun (MS) afirmou nesta sexta-feira (8/9) que a Polícia Federal está de parabéns pela prisão do ex-ministro da Secretaria de Governo Geddel Vieira Lima (PMDB-BA). Para o parlamentar, a detenção do correligionário entristece os integrantes da legenda, mas mostra que a corporação cumpriu seu trabalho de investigação, sem se ater apenas a fala de delatores.

“Claro que entristece, mas é resultado das investigações. Isso prova que a delação deve ser meio de prova para que haja a investigação. A PF investigou e chegou a esse resultado que foi estampado por todos os jornais. Está de parabéns a Polícia Federal, que não ficou como muitos preguiçosos, que só ficam com a delação premiada”, elogiou.

Marun admitiu que a prisão de Geddel atrapalha o PMDB, mas tentou afastar os possíveis crimes do ex-ministro da legenda. “Bom não é, mas é uma coisa que está concentrada na pessoa dele”, minimizou. Segundo ele, por enquanto, o partido não deve tomar nenhuma atitude contra o ex-ministro. “O pior que podia acontecer já aconteceu, que foi ele está preso.”

O líder do PT na Câmara, deputado Carlos Zarattini (SP), também tentou afastar ligação de Geddel com a sigla. “Ele não tem nada a ver com o PT, foi indicação do Michel Temer”, disse o petista, ao se referir à indicação de Geddel para comandar o Ministério da Integração Nacional durante o segundo governo Lula. “Ninguém sabia que ele tinha aquelas malas de dinheiro. Você vai adivinhar? Foi uma indicação política.”

Prisão
A Polícia Federal prendeu Geddel na manhã desta sexta-feira em Salvador por decisão da 10ª Vara de Brasília. Ele foi detido no prédio em que já cumpria prisão domiciliar, no bairro Jardim Apipema, por volta das 5h40. A medida é mais uma fase da Operação Cui Bono, um desdobramento da Lava Jato conduzido pelo Ministério Público Federal (MPF) no Distrito Federal. O ex-ministro deverá ficar preso em Brasília.

A prisão aconteceu três dias após a PF encontrar R$ 51 milhões de Geddel em um apartamento na capital soteropolitana que teria sido emprestado ao ex-ministro por um empresário amigo. O valor estava distribuído em oito caixas e seis malas. Os policiais acharam as digitais de Geddel no imóvel. Os valores apreendidos serão transportados a um banco, onde será depositado em conta judicial.

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