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Renan vai deixar liderança do PMDB com discurso crítico a Temer

O nome preferido para substituir o parlamentar é o de Jader Barbalho (PA), considerado aliado, mas que não se posiciona contra o presidente

atualizado

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Michael Melo/Metrópoles
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1 de 1 Michael Melo/Metrópoles - Foto: Michael Melo/Metrópoles

O senador Renan Calheiros (PMDB-AL) vai deixar a liderança do partido no Senado. O anúncio deve ser formalizado nesta quarta-feira (28/6), em discurso no plenário da Casa. O peemedebista, que tem feito críticas às reformas propostas pelo governo, deve voltar a atacar o presidente e correligionário Michel Temer.

A avaliação de Renan é de que ele é mais útil na oposição do que como aliado. O parlamentar também acredita que, ao ter a imagem atrelada ao governo, pode enfrentar dificuldades para se reeleger ao Senado em 2018, uma vez que o presidente tem taxas extremamente altas de reprovação em Alagoas.

Uma reunião da bancada peemedebista está marcada para o fim da tarde desta quarta. O nome preferido de Renan para substituí-lo é o de Jader Barbalho (PMDB-PA), considerado um aliado, mas que não se posiciona contra Temer por ser pai do ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho.

A saída do comando da bancada se dá após o peemedebista discutir asperamente com o líder do governo na Casa, senador Romero Jucá (RR), na sessão plenária de terça-feira (27). Na ocasião, Renan insinuou que poderia trocar integrantes do partido na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) para barrar a reforma trabalhista.

“Temer não tem confiança da sociedade para fazer essa reforma trabalhista na calada da noite, atropeladamente. Num momento em que o Ministério Público, certo ou errado, apresenta uma denúncia contra o presidente, não há como fazer uma reforma que pune a população”, afirmou ontem o peemedebista.

Após o discurso agressivo de Renan contra o governo, Jucá reagiu em defesa do presidente e ameaçou retirar o colega da liderança do partido.

Ontem mesmo o líder do governo começou a recolher assinaturas para destituir Renan do cargo. Segundo Jucá, 17 dos 22 senadores apoiam a reforma trabalhista.

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