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PT diz que condenação de Lula é “medida equivocada e ilegal”

O partido critica a falta de provas e a sentença baseada em delações premiadas

atualizado

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Daniel Ferreira/Metrópoles
lula braço
1 de 1 lula braço - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

A Direção Nacional do PT divulgou nota após a condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta quarta-feira (12/7) em sentença feita pelo juiz Sérgio Moro, dizendo que a decisão é um “ataque à democracia e à Constituição”. Segundo a nota, a sentença, mesmo em primeira instância, é “medida equivocada, arbitrária e absolutamente ilegal”.

O partido critica a falta de provas e a sentença baseada em delações premiadas. Moro é chamado, na nota, de “juiz parcial, que presta contas aos meios de comunicação e a opinião pública que criou contra o ex-presidente”. O ex-presidente foi condenado no caso do triplex do Guarujá pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

De acordo com o partido, a decisão é baseada em delações premiadas “negociadas ao longo de meses com criminosos confessos, e simplesmente validam as convicções contidas na acusação de procuradores do Ministério Público Federal, sem que houvesse a apresentação de provas”.

A nota diz que “Lula não está acima da lei, tampouco abaixo dela”, fala em recursos políticos indevidos e “perseguição que se constitui em uma aberração constitucional”.

“Busca-se imputar-lhe crimes com base em teorias respaldadas apenas pela palavra de condenados, incapazes de comprovar suas afirmações por meio de documentos ou de transferências bancárias”. A sigla questiona, ainda, o fato de a condenação ter saído um dia depois da votação da reforma trabalhista. “Medidas que retiram direitos dos trabalhadores e agora serão esquecidas”, diz.

O partido afirma que vai manter sua defesa a Lula por acreditar “em sua absoluta inocência”.

“Hoje, mais do que nunca, nos solidarizamos com Lula, e com seus filhos e netos. Além disso, reforçamos nosso pesar pela morte de sua mulher Marisa Letícia Lula da Silva. Sabemos que haverá Justiça nas outras instâncias do julgamento e que toda a verdade virá à tona. A história será a principal testemunha de sua absolvição e de sua grandeza”, finaliza.

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