metropoles.com

Parlamentares acusam Bolsonaro de racismo e entram com processo na PGR

O parlamentar fez afirmações sobre negros, indígenas, mulheres, gays, refugiados e integrantes de ONGs consideradas preconceituosas

atualizado

Compartilhar notícia

Michael Melo/Metrópoles
jair bolsonaro
1 de 1 jair bolsonaro - Foto: Michael Melo/Metrópoles

Parlamentares da oposição protocolaram uma representação contra o deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) sob a acusação de ter praticado crime de racismo durante uma palestra realizada no Clube Hebraica, na zona sul do Rio, na última segunda-feira (3/4). Na ocasião, o parlamentar fez afirmações preconceituosas e jocosas sobre negros, indígenas, mulheres, gays, refugiados e integrantes de ONGs.

Na peça, os petistas afirmam que, durante a palestra, Bolsonaro disse que tinha ido a um quilombo e que o “afrodescendente mais leve lá pesava sete arrobas”. “Não fazem nada. Eu acho que nem para procriador ele serve mais.” O deputado teria dito ainda que o governo gastava mais de R$ 1 bilhão por ano com os quilombos, e que, se ele fosse eleito presidente da República, não iria “ter nenhum centímetro demarcado para reserva indígena ou para quilombola”.

Na representação, os deputados e senadores afirmam que Bolsonaro “ainda não percebeu que o País evoluiu, a sociedade acordou e não aceita, não compactua e não silenciará jamais diante de condutas desse jaez”.

O documento também registra ser “importante destacar que o representado é reincidente nas violações de direitos humanos e em ataques da espécie, de modo que sua conduta social e os caminhos tortuosos por ele trilhado agravam as ofensas aqui delineadas e certamente deverão ser consideradas na persecução penal”.

Para a deputada Benedita da Silva (PT-RJ), que participou da entrega da representação ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, o parlamentar precisa sofrer uma “punição severa”, já que Constituição torna o crime de racismo um crime inafiançável. “Ele é racista, preconceituoso, machista, ele é tudo isso. Como a gente vai aceitar que um parlamentar, que está investido de autoridade, de imunidade, que tem que representar o interesse da população, possa dizer uma coisa dessa impunemente”, afirmou.

Se entender que houve crime, a Procuradoria-Geral da República poderá entrar com um pedido de abertura de inquérito contra o deputado no Supremo Tribunal Federal (STF). Bolsonaro já é réu no Supremo sob a acusação de incitação pública ao crime de estupro, por ter declarado que “não estupraria a deputada federal Maria do Rosário (PT-RS) porque ela não mereceria”.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?