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“Somos um partido ou uma seita?”, questiona Palocci ao sair do PT

“Até quando vamos fingir acreditar na autoproclamação do “homem mais honesto do país?”, escreveu o ex-ministro

atualizado

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JOSÉ CRUZ/ABR
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1 de 1 1200px-Palocci134936-840×577 - Foto: JOSÉ CRUZ/ABR

O ex-ministro Antonio Palocci se adiantou ao procedimento de expulsão iniciado pelo PT na semana passada e decidiu pedir para sair do partido. Em uma carta de quatro páginas encaminhada à presidente nacional da legenda, senadora Gleisi Hoffmann, Palocci disse ainda que decidiu colaborar com a Justiça e sugeriu que o PT adote o mesmo caminho. O ex-ministro aproveitou para atacar o ex-presidente Lula.

“Até quando vamos fingir acreditar na autoproclamação do ‘homem mais honesto do país’ enquanto os presentes, os sítios, os apartamentos e até o prédio do Instituto (!!!) são atribuídos a Dona Marisa?”, questionou o ex-homem forte das gestões Lula. “Afinal, somos um partido sob a liderança de pessoas de carne e osso ou somos uma seita guiada por uma pretensa divindade?”, escreveu.

Em outro trecho, Antônio Palocci faz um mea culpa e volta a atacar o ex-presidente. “Sei dos erros e ilegalidades que cometi e assumo minhas responsabilidades. Mas não posso de deixar de destacar o choque de ter visto Lula sucumbir ao pior da política no melhor dos momentos do governo”, ressaltou.

 

Leia aqui a íntegra da carta de Palocci: 

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Em resposta, a presidente da legenda publicou uma nota oficial na qual afirmou que “o texto do ex-ministro não se destina ao PT, mas aos procuradores da Lava-Jato.” E contra-ataca: “…a forma desrespeitosa e caluniosa como Palocci se refere ao ex-presidente Lula demonstra sua fraqueza de caráter e o desespero de agradar seus inquisidores. Politica e moralmente, Palocci já está fora do PT”.

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