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Oposição pede impeachment de Temer e convocação de eleições diretas

Momentos após estourar o escândalo provocado com os depoimentos do dono da JBS que comprometem Temer, opositores partiram para o ataque

atualizado

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Antônio Cruz/Agência Brasil
Alessandro Molon
1 de 1 Alessandro Molon - Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil

Deputados da oposição protocolaram, na noite desta quarta-feira (17/5), um pedido de impeachment contra o presidente Michel Temer (PMDB). O peemedebista foi flagrado incentivando o pagamento de “mesada” ao ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e ao operador Lúcio Funaro para comprar o silêncio da dupla. Os dois estão presos no âmbito da Operação Lava Jato. O escândalo foi revelado pelo jornalista Lauro Jardim, de O Globo, que relatou o teor de depoimentos prestados pelo dono da JBS à Procuradoria-Geral da República.

A partir da crise, a oposição entrou em polvorosa. O deputado Alessandro Molon (Rede-RJ) se adiantou e protocolou o primeiro pedido de afastamento de Temer desta quarta (17). Terceiro-secretário da Câmara, João Henrique Holanda Caldas (PSB-AL) registrou outro pedido.

Na Câmara, já há atualmente outro requerimento de impeachment contra o presidente, desde abril. Mas a comissão especial que analisará esse primeiro pedido ainda não foi instalada na Casa. Isso porque líderes de legendas da base aliada resistem a indicar os deputados de suas bancadas para compor o colegiado.

Parlamentares também cobram a convocação imediata de eleições diretas para a Presidência da República. “A Casa não pode funcionar com uma crise desta dimensão. A solução é a convocação imediata de novas eleições”, disse o líder da oposição, José Guimarães (PT-CE), em entrevista ao UOL.

Segundo a reportagem do jornal O Globo, em uma conversa com Joesley Batista, dono da JBS, Temer indicou o deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) para resolver um assunto da J&F — holding que controla a JBS, maior produtora de carne do mundo. Posteriormente, Loures foi filmado recebendo uma mala com R$ 500 mil enviados por Joesley. Temer também ouviu do empresário que estava dando a Eduardo Cunha e ao operador Lúcio Funaro uma mesada na prisão para ficarem calados. Diante da informação, Temer incentivou: “Tem que manter isso, viu?”.

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