Moro nega mais um pedido de Cunha para ficar preso em Brasília
Peemedebista queria estender permanência até fase final do processo. Juiz ainda analisará solicitação para transferência permanente à cidade
atualizado
Compartilhar notícia
O juiz federal Sérgio Moro negou, mais uma vez, pedido da defesa do deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) para que ele ficasse mais tempo preso em Brasília, para onde foi transferido por autorização do magistrado com o fim de depor ao juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Criminal Federal do DF.
Como o Metrópoles antecipou sexta-feira (22), Moro autorizou o ex-presidente da Câmara dos Deputados a permanecer na capital federal até o próximo dia 9. O pedido foi apresentado por Vallisney de Souza Oliveira. No entanto, há outro pedido de Cunha para permanecer, definitivamente, na cidade, sobre o qual ainda não há decisão.
Desta vez, o juiz curitibano negou que Cunha fique na capital até as alegações finais do processo ao qual responde na 10ª Vara Federal de Brasília.“Descabe a prorrogação da permanência até a apresentação das alegações finais e/ou até a prolação da sentença, eis que tais atos não demandam a presença do acusado perante o Juízo da 10ª Vara Federal de Brasília”, anotou Moro.
Acusações
Assim, o peemedebista deve regressar à Curitiba, onde está detido desde outubro do ano passado, logo após o depoimento marcado para 9 de outubro. Ele é acusado de obstruir a Operação Lava Jato enquanto permanecia livre. O ex-presidente da Câmara foi condenado a 15 anos e quatro meses de prisão por propinas de U$S 1,5 milhão na compra do campo petrolífero de Benin, na África, pela Petrobras, em 2011.
Em Brasília, onde está encarcerado para prestar depoimento, é réu no processo pelo suposto envolvimento em irregularidades na liberação de valores do Fundo de Investimento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FI-FGTS), da Caixa Econômica Federal.
Durante o interrogatório de outubro, Cunha deverá ser questionado sobre sua suposta atuação junto ao ex-vice-presidente de Fundos e Loteria da Caixa, Fabio Cleto. Em sua delação premiada, o colaborador afirmou que o deputado cassado e o corretor Lúcio Bolonha Funaro, tido como operador financeiro do PMDB, intermediavam pagamento de propina para liberação de valores do FI-FGTS para grandes grupos econômicos. (Com informações da Agência Estado)