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Mercadante tentou comprar o silêncio de Delcídio, diz revista

O senador petista afirmou que o ministro da Educação tentou comprar seu silêncio, oferecendo ajuda financeira, política e jurídica

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Geraldo Magela /Agência Senado e Antônio Cruz/Agência Brasil
Geraldo Magela /Agência Senado e Antônio Cruz/Agência Brasil
1 de 1 Geraldo Magela /Agência Senado e Antônio Cruz/Agência Brasil - Foto: Geraldo Magela /Agência Senado e Antônio Cruz/Agência Brasil

O senador Delcídio do Amaral afirmou em delação premiada que o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, prometeu dinheiro e ajuda para que ele deixasse a prisão e não tivesse seu mandato cassado no Senado. As revelações foram antecipadas pela revista Veja. Em troca, o senador não poderia falar a respeito do governo nas investigações da Operação Lava Jato.

De acordo com a publicação, o governo teria tentado o acordo para comprar o silêncio de Delcídio. A reportagem publicou a transcrição da delação premiada em que o senador revela a conversa entre Mercadante e um assessor de Delcídio, José Eduardo Marzagão.

Mercadante disse que a questão financeira e, especificamente, o pagamento de advogados, poderia ser solucionado, provavelmente por meio de empresa ligada ao PT

Delcídio do Amaral

Nos diálogos obtidos pela revista Veja, Mercadante oferece ajuda financeira à família do senador, afirma que usaria a influência política do governo junto no Senado e faria lobby no Supremo Tribunal Federal (STF) para que Delcídio não fosse cassado e saísse da prisão. “Mercadante disse que também intercederia junto a Ricardo Lewandowski e Renan Calheiros [presidente do Senado] para tomarem partido favoravelmente ao depoente, no sentido de sua soltura”, afirma em dos trechos.

Homologação
O ministro Teori Zavascki, relator da Operação Lava Jato no STF, homologou nesta terça-feira (15/3), a delação premiada do senador. O ministro também abriu o sigilo dos autos.

O ex-líder do governo firmou o acordo com a Procuradoria-Geral da República para colaborar com as investigações e fez acusações contra a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Os depoimentos de Delcídio também atingem o senador Aécio Neves (PSDB) e a cúpula do PMDB.

Delcídio deixou a prisão em 19 de fevereiro, após ter ficado quase três meses na cadeia acusado de tentar obstruir as investigações da Operação Lava Jato.

Leia a íntegra do documento.

Delação de Delicio do Amaral

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