metropoles.com

Maia: “Aliados não podem levar facada nas costas de ministros e PMDB”

Presidente da Câmara havia criticado o governo de Michel Temer (PMDB-SP), que, segundo ele, estaria prejudicando seu partido, o DEM

atualizado

Compartilhar notícia

MICHAEL MELO/METRÓPOLES
rodrigo maia
1 de 1 rodrigo maia - Foto: MICHAEL MELO/METRÓPOLES

Antes de ir à Câmara dos Deputados e dar declarações contra Michel Temer (PMDB-SP) e o PMDB, o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), já havia demonstrado irritação com as movimentações governistas que, segundo ele, estariam impedindo o crescimento do DEM. “A gente não pode ficar levando facada nas costas do PMDB, principalmente de ministros do Palácio e do presidente do PMDB”, advertiu.

A declaração do deputado se referiu aos ministros da Casa Civil, Eliseu Padilha, e da Secretaria-Geral da Presidência, Moreira Franco, e ao presidente da sigla, senador Romero Jucá (RR).

“Tenham respeito e tirem os pés da nossa porta”, disse Maia, em recepção na Embaixada do Chile à qual compareceu como presidente da República em exercício, na noite desta quarta-feira (20/9). O principal motivo da irritação de Maia é o assédio do PMDB a parlamentares do PSB que também são cobiçados pelo DEM.

Maia ressalvou, no entanto, que não há relação entre o descontentamento do DEM com a ação dos governistas com a chegada à Câmara da segunda denúncia contra o presidente. “Mas o partido está incomodado e a gente espera que o PMDB entenda o que o DEM fez pelo governo até agora.”

O presidente da Câmara deu as declarações contra o governo espontaneamente, sem ser provocado pelos jornalistas. Maia já havia encerrado a entrevista sobre a tramitação da denúncia no Congresso quando se voltou para a imprensa para fazer a ameaça: “Eu alertei o presidente. Que o PMDB pare de tentar reduzir o crescimento do Democratas na Câmara dos Deputados”.

Para o presidente da Câmara, “não ajuda o próprio Palácio participar desta operação (de cooptação dos pessebistas)”. “Isso é muito grave.” Maia lembrou que Temer e outros peemedebistas foram à casa da deputada Teresa Cristina (MS), líder do PSB na Câmara, em julho, para convidar os descontentes do partido para ingressar no PMDB. O DEM, no entanto, já negociava com o mesmo grupo.

No mesmo dia, após a repercussão negativa do movimento, Temer foi à casa do presidente da Câmara para dizer que não tinha feito a visita para cooptar os parlamentares.

“Mandei mensagem para o presidente Michel Temer falando da ação do presidente do PMDB e de alguns ministros do Palácio”, afirmou Maia. “Eu alertei ao DEM que este movimento dos ministros do Palácio aconteceria.”

O presidente da Câmara cobrou Temer sobre a conversa que tiveram após o caso da deputada Teresa Cristina. “Ele foi à minha casa dizer que nada daquilo era verdade. Eles disseram que não tinham nenhum interesse nos parlamentares do PSB, e o que nós estamos vendo é outra coisa”, afirmou. “Então, se nós somos aliados, temos de ser aliados.”

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?