metropoles.com

Léo Pinheiro foi preso de novo por suposta propina a Gim Argello

Empreiteiro havia sido levado para depor coercitivamente na Operação Greenfield e, a pedido do juiz Sérgio Moro, acabou na cadeia mais uma vez por risco às investigações da Lava Jato

atualizado

Compartilhar notícia

REPRODUÇÃO-RAFAELA FELICCIANO/METRÓPOLES
leo pinheiro-gim argello
1 de 1 leo pinheiro-gim argello - Foto: REPRODUÇÃO-RAFAELA FELICCIANO/METRÓPOLES

Levado para depor coercitivamente na Operação Greenfield, o ex-presidente da OAS Léo Pinheiro foi transferido para Curitiba na segunda-feira (5/9) e acabou preso preventivamente por risco às investigações da Lava Jato. Ele é suspeito de ter pago propina ao ex-senador Gim Argello (PTB-DF) para não ser convocado a depor na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Petrobras, em 2014.

Ao decretar a prisão, o juiz federal Sergio Moro considerou que surgiram novos fatos e provas contra o empreiteiro. Segundo o magistrado, “o pagamento de propina a parlamentar federal para impedir o funcionamento da CPI é um claro ato de obstrução”.

Moro ainda citou a destruição de contas de e-mail da OAS e o suposto pagamento de propina da empreiteira ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva por uma reforma no tríplex do Guarujá (SP).

O empreiteiro já havia sido condenado por participação no esquema de corrupção da Petrobras. Ele recorria em liberdade, beneficiado por uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), e voltou à carceragem da Polícia Federal em Curitiba. Ele é réu em três outros processos da Lava Jato.

Gim Argello
Gim Argello foi preso em sua casa no Lago Sul, durante a Operação Vitória de Pirro, 28ª fase da Lava Jato, deflagrada em abril deste ano. O nome do ex-senador apareceu na delação de Delcídio do Amaral. Segundo o relato, Gim e outros parlamentares cobravam R$ 5 milhões de empreiteiros investigados na Lava Jato para que eles não fossem chamados para depor na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras.

Segundo a PF, as investigações apuram a existência de indícios concretos contra o ex-senador, integrante da CPI do Senado Federal e também da CPMI instaurada no Congresso Nacional, ambas com o objetivo de apurar irregularidades no âmbito da estatal no ano de 2014.

Argello teria atuado de forma incisiva no sentido de evitar a convocação de empreiteiros para prestar depoimento, mediante a cobrança de pagamentos indevidos travestidos de doações eleitorais oficiais em favor dos partidos de sua base de sustentação. (Com informações da TV Globo).

Compartilhar notícia