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Lava Jato: procuradores recorrem por pena maior a Lula no caso triplex

O ex-presidente foi condenado pelo juiz federal Sérgio Moro a nove anos e meio de prisão por suposta corrupção e lavagem de dinheiro

atualizado

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Daniel Ferreira/Metrópoles
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1 de 1 lulaaaaaaaa - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

A força-tarefa do Ministério Público Federal (MPF) na Operação Lava Jato recorreu ao juiz federal Sérgio Moro nesta segunda-feira (31/7) por uma pena mais rígida ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e também pela condenação do presidente do Instituto Lula Paulo Okamotto, no caso do triplex no Guarujá (SP).

O petista foi condenado a nove anos e seis meses de prisão por suposta corrupção e lavagem de dinheiro, de R$ 2,2 milhões. A quantia envolve o valor empregado pela OAS no imóvel, no condomínio Solaris, no Guarujá, litoral paulista, e em suas respectivas reformas.

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Os procuradores querem também que Lula seja condenado pelo armazenamento do bens que recebeu enquanto exerceu a Presidência da República pela empresa Granero — despesas também custeadas pela OAS. Lula chama esses bens de “tralhas”.

Os investigadores sustentam que “resta evidente que o conteúdo do contrato celebrado não consistiu em erro, mas se apresenta como clara fraude contratual, na tentativa pelos denunciados de ocultarem e dissimularem a real propriedade dos bens armazenados e o financiamento de despesas atinentes ao ex-presidente Lula e ao Instituto Lula pelo Grupo OAS”.

A procuradoria quer que Okamotto, presidente do Instituto Lula, absolvido por Moro, seja condenado por lavagem de dinheiro por intermediar a negociação envolvendo as “tralhas” do petista.

“Paulo Okamotto, tutelando os interesses do ex-presidente Lula e aproveitando o fato de que o Grupo OAS, consoante anteriormente descrito, possuía pendências de vantagens indevidas a serem transmitidas para representantes do Partido dos Trabalhadores — PT no âmbito do esquema criminoso que se erigiu no seio e em desfavor da Petrobras e que beneficiava, além de empreiteiras, agentes públicos e políticos”, sustenta a força-tarefa.

A respeito do petista e aos executivos da OAS alvo da ação penal, os procuradores da República também discordaram de Moro na “dozimetria das penas fixadas” por Moro.

O MPF ainda quer a condenação dos executivos da OAS Paulo Gordilho, Fábio Yonamine e Roberto Moreira, absolvidos pela acusação de Lavagem de dinheiro.

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