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Janot pede nova investigação sobre Renan, Jucá e Sarney na Lava Jato

Além dos três, o ex-diretor da Transpetro Sérgio Machado também consta no pedido enviado ao STF pela PGR

atualizado

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Michael Melo/Metrópoles
Renan Calheiros e Sergio Moro
1 de 1 Renan Calheiros e Sergio Moro - Foto: Michael Melo/Metrópoles

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de um novo inquérito para investigar Romero Jucá (PMDB-RR), Renan Calheiros (PMDB-AL), José Sarney (PMDB-AM) e Sérgio Machado, ex-diretor da Transpetro. Segundo o Janot, eles são suspeitos de atrapalhar a Operação Lava Jato.

Segundo o procurador, os acusados “demonstram a motivação de estancar e impedir, o quanto antes, os avanços da Operação Lava Jato em relação a políticos, especialmente do PMDB, do PSDB e do próprio PT, por meio de acordo com o STF e da aprovação de mudanças legislativas.”

Para Janot, o objetivo dos congressistas era aprovar medidas legislativas para conter as investigações da Lava Jato. “O objetivo dos congressistas era construir uma ampla base de apoio político para conseguir, pelo menos, aprovar três medidas de alteração do ordenamento jurídico em favor da organização criminosa: a proibição de acordos de colaboração premiada com investigados ou réus presos; a proibição de execução provisória da sentença penal condenatória mesmo após rejeição dos recursos defensivos ordinários”, acrescentou o procurador-geral.

Em nota, o senador Renan Calheiros esclareceu que não fez nenhum ato para embaraçar ou dificultar qualquer investigação e que sempre foi colaborativo, “tanto que o Supremo Tribunal Federal já manifestou contrariamente a pedido idêntico”.

Na nota, o senador do PMDB reafirmou que a possibilidade de se encontrar qualquer impropriedade em suas contas pessoais ou eleitorais é zero. Renan está convencido de que, a exemplo do primeiro inquérito, “os demais serão arquivados por absoluta falta de prova”.

 

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