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Janot pede inclusão de Lula entre os investigados da Lava Jato no STF

Além do ex-presidente, o Ministério Público também indiciou os ministros Ricardo Berzoini, Edinho Silva e Jaques Wagner

atualizado

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Daniel Ferreira/Metrópoles
Lula participou de  manifestação contra o impeachment  – Brasília – DF 16/04/2016
1 de 1 Lula participou de manifestação contra o impeachment – Brasília – DF 16/04/2016 - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a inclusão do nome do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e dos ministros Ricardo Berzoini, Edinho Silva e Jaques Wagner no maior inquérito da Operação Lava Jato em andamento na Corte.

“No âmbito dos membros do PT, os novos elementos probatórios indicam uma atuação da organização criminosa de forma verticalizada, com um alcance bem mais amplo do que se imagina no início e com uma enorme concentração de poder nos chefes da organização”, afirma Janot.

“As provas apontam para o envolvimento das seguinte autoridades com prerrogativa de foro: Edinho Silva, Ricardo Berzoini, Jaques Wagner e Delcídio Amaral.”

Ainda segundo Janot, integrariam a organização: “Luiz Inácio Lula da Silva, Antonio Palocci, Giles de Azevedo, Erenice Guerra, José Carlos Bumlai, Paulo Okamotto e José Gabrielli também tiveram contra si colhidos inúmeros indícios de envolvimento no esquema criminoso objeto desta apuração.”

De acordo com Janot, o esquema de formação de quadrilha investigado no processo jamais poderia ter existido sem o conhecimento do petista.

“Pelo panorama dos elementos probatórios colhidos até aqui e descritos ao longo desta manifestação, essa organização criminosa jamais poderia ter funcionado por tantos anos e de uma forma tão ampla e agressiva no âmbito do governo federal sem que o ex-presidente Lula dela participasse”, aponta Janot.

O inquérito conta atualmente com 39 investigados, entre parlamentares e operadores do esquema de corrupção da Petrobras. Caso o ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no STF, aceite o pedido de Janot, o inquérito passará a ter 69 investigados.

Janot também pediu a inclusão do nome de outros 27 políticos e empresários, entre eles o senador Jader Barbalho (PMDB-PA), o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e o ex-ministro do Turismo Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN).

O inquérito apura denúncias de formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e desvio de recursos públicos dentro da Petrobras. A decisão final de incluir os novos investigados caberá ao ministro Teori Zavascki.

Edinho Silva
Em nota, o ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, Edinho Silva, afirmou que a campanha presidencial de Dilma em 2014 foi conduzida “de maneira ética e dentro da legalidade”. “Todas as doações foram devidamente registradas na prestação de contas, aprovada por unanimidade pelo Tribunal Superior Eleitoral”, informou a assessoria de imprensa do ministro.

Jaques Wagner
O ministro da Chefia de Gabinete da Presidência, Jaques Wagner, disse que não conhece o “conteúdo e as razões” do pedido de inclusão do seu nome no inquérito, e que por isso “não poderá se posicionar” sobre as investigações.

“O ministro está seguro sobre suas atividades sempre motivadas pelo interesse público. Ele está tranquilo e não acredita na aceitação definitiva do seu nome no processo”, informou a assessoria de imprensa de Wagner, por meio de nota. O ministro disse ainda que vai aguardar o resultado definitivo das investigações e que está à disposição das autoridades.

Paulo Okamotto
O advogado de defesa de Paulo Okamotto, presidente do Instituto Lula, disse que não teve acesso integralmente ao pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao Supremo Tribunal Federal (STF).

“Ainda não tivemos acesso à integralidade do pedido do procurador-geral para verificar a legalidade. Quanto a seus fundamentos, o Supremo deverá impedir investigações sem justa causa e fora dos contornos legais. No entanto, respeitados o juiz natural e a Constituição, não se receia qualquer investigação”, disse, em nota, a defesa de Okamotto, representada pelo criminalista Fernando Augusto Fernandes.

José Carlos Bumlai
A defesa do pecuarista José Carlos Bumlai também disse que não teve acesso ao pedido de Janot. “Não tivemos acesso ao inteiro teor do pedido do Ministério Público, do procurador-geral, não sabemos as razões da inclusão do nome dele nas investigações, nem tivemos acesso aos documentos que a embasaram. Então, por enquanto, sobre o mérito, nós não temos como nos manifestar”, disse, por telefone, a advogada Daniella Meggiolaro, que trabalha na defesa de Bumlai.

Instituto Lula
O Instituto Lula ainda não divulgou nota sobre a inclusão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no inquérito.

Confira os 31 nomes que podem ser inclusos no inquérito:

– Luiz Inácio Lula da Silva, ex-presidente
– Jacques Wagner, ministro-chefe do Gabinete Pessoal da Presidência
– Ricardo Berzoini, ministro da Secretaria de Governo
– Edinho Silva, ministro da Comunicação Social
– Jader Barbalho, senador (PMDB-PA)
– Delcídio do Amaral, senador (sem partido-MS)
– Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara dos Deputados
– Eduardo da Fonte, deputado (PP-PE)
– Aguinaldo Ribeiro, deputado (PP-PB)
– André Moura, deputado (PSC-SE)
– Arnaldo Faria de Sá, deputado (PTB-SP)
– Altineu Cortes, deputado (PMDB-RJ)
– Manoel Junior, deputado (PMDB-PB)
– Henrique Eduardo Alves, ex-ministro e ex-presidente da Câmara (PMDB-RN)
– Giles de Azevedo, assessor especial da Presidência da República
– Erenice Guerra, ex-ministra
– Antonio Palocci, ex-ministro
– Jose Carlos Bumlai, empresário
– Paulo Okamoto, presidente do Instituto Lula
– André Esteves, banqueiro, sócio do banco BTG Pactual
– Silas Rondeau, ex-ministro
– Milton Lyra, lobista
– Jorge Luz, lobista
– Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro
– José Gabrielli, ex-presidente da Petrobras
– Lúcio Bolonha Funaro, doleiro
– Alexandre Santos, lobista
– Carlos Willian, ex-deputado (PTC-MG)
– Joăo Magalhăes, ex-deputado (PMDB-MG)
– Nelson Bornier, ex-deputado (PMDB-RJ)
– Solange Almeida, ex-deputada (PMDB-RJ)

(Com informações do portal G1 e Agência Estado)

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