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Renan, Jucá, Sarney e mais 6 são denunciados por corrupção e lavagem

A PGR aponta que empresas teriam repassado propina a Renan e outros políticos camufladas como doações eleitorais ao diretório do PMDB

atualizado

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Daniel Ferreira/Metrópoles
Sessão do Senado Federal – Brasília(DF), 22/02/2017
1 de 1 Sessão do Senado Federal – Brasília(DF), 22/02/2017 - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, denunciou nesta sexta-feira (25/8) quatro senadores peemedebistas em inquérito que investiga corrupção passiva e lavagem de dinheiro: Renan Calheiros (AL), Romero Jucá (RR), Valdir Raupp (RO) e Garibaldi Alves (RN). O investigador também apresentou acusações formais contra os ex-senadores do PMDB José Sarney e Sérgio Machado (ex-presidente da Transpetro). Mais três pessoas foram denunciadas no inquérito da Operação Lava Jato.

Os crimes teriam envolvido a contratação do consórcio Estaleiro Rio Tietê em licitação destinada à renovação da frota de barcaças e empurradores usados pela Transpetro, no transporte de etanol entre Mato Grosso e São Paulo. As informações são da revista Época.

Essa é a segunda denúncia contra o ex-presidente do Senado ao Supremo Tribunal Federal decorrente da Operação Lava Jato. Nessa investigação, a PGR aponta que as empresas teriam repassado propina a Renan camufladas como doações eleitorais ao diretório do PMDB de Alagoas e à própria campanha do senador em 2010.

A denúncia será analisada pelos ministros do STF e, caso seja aceita, os parlamentares se tornarão réus da Lava Jato.

O outro lado
A defesa de Sarney e Jucá criticou o oferecimento da denúncia por Rodrigo Janot e classificou o ato como uma “demonstração clara do posicionamento de um procurador em final de carreira que quer se posicionar frente à opinião pública”. “Ele vai denunciar todos os inquéritos, tendo ou não qualquer tipo de indícios para isso. É absolutamente lamentável”, asseverou Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay.

Para o advogado, não há motivos, do ponto de vista técnico, para se apresentar a denúncia. “O que existe é a palavra de um delator desmoralizado, um delator que, ele sim, talvez tenha cometido crime ao gravar ilegalmente, de forma imoral, o senador Sarney e o senador Jucá.”

Em nota, a defesa de Sérgio Machado informou que o ex-presidente da Transpetro “continua colaborando com a Justiça”. “A colaboração de Sérgio Machado formalizada com o Ministério Público Federal foi responsável pela elaboração de 13 (treze) anexos em que o ex-presidente da Transpetro abordou temas distintos, resultando na instauração de 7 (sete) procedimentos perante o Supremo Tribunal Federal, além de outros 2 (dois) inquéritos policiais na Subseção Judiciária de Curitiba”, registrou.

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