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“Estou tranquilo”, diz Lindbergh sobre lista de denunciados por Janot

Segundo o senador petista, ser citado na delação não é prova de culpa e ele já teve dois casos semelhantes arquivados

atualizado

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1 de 1 julgamento impeachment 6 - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) disse nesta sexta-feira, 17, que “está tranquilo” sobre a eventual inclusão de seu nome na lista de políticos com foro privilegiado denunciados pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, a partir das delações premiadas de dezenas de executivos ligados à construtora Odebrecht.

“Estou tranquilo porque já tive outros dois casos como esse que foram completamente arquivados. O que tiver de novo, para mim, é financiamento empresarial. No meu caso, com certeza, vai ser arquivado de novo”, afirmou Lindbergh, ao deixar um seminário na sede do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no Rio de Janeiro.

O senador disse que não está envolvido em corrupção. “Não tenho rabo preso nenhum. A minha situação é completamente diferente de quem está envolvido em corrupção”, afirmou Lindbergh, cobrando que as investigações verifiquem o que é dito nas delações. “Temos que olhar quem fez corrupção, quem cometeu crime. Tem que ter investigação a partir da delação. A delação, nos meus casos, foi arquivada. Não é porque você foi citado que é culpado”, disse o senador.

Lindbergh também cobrou que todas as informações sobre todos os envolvidos sejam apuradas. “Espero que não seja seletivo, porque há uma proteção impressionante às lideranças do PSDB nesse processo todo, por parte do Judiciário e da imprensa”, disse o senador do PT.

Para Lindbergh, as denúncias, que atingem políticos de diversos partidos, tanto do governo quanto da oposição, atrapalharão menos a tramitação da reforma da Previdência do que a resistência popular às mudanças na aposentadoria. Na visão do senador, os parlamentares atuarão de olho nas eleições de 2018.

“O problema central da reforma da Previdência é a baixa popularidade do governo (do presidente Michel) Temer. Atribuo as declarações do (senador) Renan Calheiros (PMDB-AL), dizendo que (ex-presidente da Câmara dos Deputados) Eduardo Cunha (PMDB-RJ) está mandando da prisão, à baixa popularidade do Temer. Quem ficar colado com Temer no Nordeste, não se elege em 2018”, disse Lindbergh.

Para o senador, isso ficará ainda mais evidente após a visita do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva às obras de transposição do Rio São Francisco, prevista para domingo.

Fazendo referência aos protestos contra a reforma da Previdência da última quarta-feira, 15, Lindbergh ressaltou que a oposição às mudanças é generalizada. “A reforma da Previdência tocou em amplos setores da sociedade. O Santo Agostinho parou”, disse o senador, numa referência a um tradicional colégio de classe média alta, no Leblon, zona sul do Rio.

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