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Câmara devolverá cerca de R$ 300 milhões aos cofres da União

A maior parte do montante vai decorrer da renegociação da folha de pagamento dos servidores da Casa

atualizado

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Daniel Ferreira/Metrópoles
Fim de tarde em Brasília – Brasília – DF 27/08/2015
1 de 1 Fim de tarde em Brasília – Brasília – DF 27/08/2015 - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

A Câmara dos Deputados devolverá ao Tesouro Nacional, até o fim de setembro deste ano, cerca de R$ 300 milhões. Responsável pelas contas da Casa, o 1º secretário, deputado Fernando Giacobo (PR-PR), disse que a maior parte do montante será proveniente da renegociação da folha de pagamento dos servidores. A outra parte vai decorrer de “economias” com controle de gastos administrativos.

De acordo com Giacobo, a renegociação da folha renderá cerca de R$ 200 milhões dos R$ 300 milhões que serão devolvidos. O parlamentar paranaense disse não poder adiantar quais bancos comprarão a folha em pagamento, alegando que a negociação ainda está em andamento.

Porém, as negociações mais avançadas estão com o Banco do Brasil e Caixa — que teriam ofertado R$ 206 milhões para continuar com folha de pagamento da Casa.

Os outros R$ 100 milhões que a Câmara devolverá aos cofres da União virão de economias com conta de água e energia, redução dos gastos com passagens aéreas, desconto em contratos de aluguel de carros usados por parlamentares e demissão de funcionários terceirizados.

De acordo com Giacobo, quase 200 terceirizados foram demitidos da Câmara desde o início do ano, quando ele assumiu a 1ª Secretaria da Casa.

O parlamentar paranaense disse que ele e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), já informaram ao Ministério da Fazenda sobre a devolução dos recursos. Ele ressaltou que a Casa não era obrigada a devolver o dinheiro, mas o fará como forma de “dar exemplo”, em meio à crise fiscal que atinge o governo brasileiro.

“Precisamos dar o exemplo. Em 2003, eram 2 mil terceirizados. Hoje já são 3,2 mil”, alertou o parlamentar paranaense.

Maia também anunciou a devolução dos recursos da Câmara para a União durante reunião com líderes partidários nesta quarta-feira (16/8), na residência oficial, na qual discutiam detalhes sobre a votação de um fundo eleitoral para bancar as eleições. O informe ocorreu um dia após o governo anunciar revisão na meta fiscal deste ano e do próximo, para aumentar a previsão de déficit nas contas públicas para R$ 159 bilhões.

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