metropoles.com

Câmara desobriga participação da Petrobras na exploração do pré-sal

O projeto, que conta com o apoio do governo, prevê que a estatal tenha o direito de escolher em quais campos de petróleo deverá investir

atualizado

Compartilhar notícia

Agência Brasil
Petrobras petróleo
1 de 1 Petrobras petróleo - Foto: Agência Brasil

A Câmara aprovou o texto principal do projeto de lei que retira da Petrobras a obrigação de ter que investir nos campos do pré-sal. A decisão ocorreu após mais de seis horas de discussão entre a base aliada e a oposição, que recorreu a inúmeras manobras protelatórias para tentar impedir a apreciação da proposta. Foram 292 votos a favor do projeto de lei, 101 contra e uma abstenção.

O projeto, que conta com o apoio da atual diretoria da Petrobras e do governo, prevê que a estatal tenha o direito de escolher em quais campos de petróleo do pré-sal deverá investir. Pela legislação atual, a estatal atua como operadora única dos campos de pré-sal, com uma participação mínima de 30% nos consórcios. Agora, a empresa passa a ter o direito de abrir mão de campos que não julgar interessantes economicamente.

A proposta foi apresentada pelo senador licenciado e atual ministro de Relações Exteriores, José Serra (PSDB). O texto já passou pelo Senado e foi aprovado pela Câmara sem alterações. No entanto, os destaques apresentados por parlamentares não foram votados e devem ser apreciados apenas na próxima semana. Somente após a conclusão dessa etapa, o projeto de lei seguirá para sanção presidencial.

“Soberania nacional”
Mais do que uma defesa da “soberania nacional” e do petróleo brasileiro, a oposição aproveitou a votação do projeto para colocar em teste seu poder de fogo contra os governistas. Durante todo o dia, recorreu a uma série de requerimentos que atrasavam a apreciação do projeto. Foram seis horas de discussões, até que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), conseguisse colocar o projeto em votação.

 

“Somos uma minoria que está do lado certo da história”, disse a líder da minoria, deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ). “Não podemos entregar um patrimônio que vai além da Petrobrás, que é do povo brasileiro”, afirmou o deputado André Figueiredo (PDT-CE).

Herança petista
O deputado Domingos Sávio (PSDB-MG) acusou o governo petista de ter quebrado a Petrobras. Major Olímpio (SD-SP), um dos mais exaltados, chamou os petistas de “ladrões”. Da galeria, os manifestantes gritaram palavras de ordem, como “fora Temer”, “entreguistas” e “golpistas”.

Com o início da votação, por volta das 15h, as ações da Petrobrás dispararam, influenciadas pela expectativa de aprovação do projeto. No fim do pregão, a ação preferencial da Petrobrás fechou cotada a R$ 14,58, uma alta de 3,99%, no maior valor desde novembro de 2014. Já a ação ordinária subiu 3,14% e fechou a R$ 16,10.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?