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Câmara adia a discussão da PEC do distritão e do fundo eleitoral

Os parlamentares aprovaram um requerimento para quebra do prazo regimental e iniciaram o debate sobre o mérito do projeto

atualizado

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Daniel Ferreira/Metrópoles
Votação na Câmara dos Deputados do impeachment ao afastamento da presidenta Dilma Rousseff – Brasília – DF 17/04/2016
1 de 1 Votação na Câmara dos Deputados do impeachment ao afastamento da presidenta Dilma Rousseff – Brasília – DF 17/04/2016 - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

O plenário da Câmara aprovou nesta quarta-feira (16/8) um requerimento que permite o início da votação da proposta de emenda à Constituição que estabelece o distritão e o fundo público de campanha. Foram por 403 votos a favor, 40 contra e 2 abstenções. Os deputados começaram discutir o mérito do projeto mas encerraram a sessão por falta de quórum.

Por se tratar de uma PEC, os deputados precisavam autorizar a quebra do prazo regimental exigido entre a votação em plenário e a conclusão da votação na comissão especial. Esse interstício era de duas sessões, mas a conclusão da votação na comissão ocorreu apenas na terça-feira.

O alto valor do fundo tem sido alvo de críticas. A emenda que será apresentada deve propor que o montante destinado ao financiamento das campanhas seja definido a cada eleição, pelo Congresso, durante a discussão do Orçamento. Não há nenhuma garantia, porém, que esse valor fique menor do que o já proposto

Pelo texto aprovado na semana passada na comissão, o fundo teria um valor correspondente a 5% da Receita Corrente Líquida da União do ano anterior, o que chegaria aos R$ 3,6 bilhões.

A criação do fundo foi articulado pelos parlamentares para compensar a falta de recursos causada pela proibição das doações empresariais, instituída pelo Supremo Tribunal Federal em 2015.

Outro ponto polêmico é a adoção do “distritão” para as eleições de 2018 e 2020. Pelo modelo, é eleito o candidato que receber mais votos. Para diminuir a resistência ao modelo, deputados já falam na criação de um sistema único, que não é usado em nenhum outro país do mundo, e já vem sendo chamado de “distritão misto” Por esse novo modelo, seriam eleitos os deputados mais votados, mas permaneceria a possibilidade do voto na legenda, que seria distribuído entre todos os candidatos da sigla.

As alterações no texto irão precisar do apoio de pelo menos 308 dos 513 deputados para serem aprovadas. Além dessa proposta, outras duas comissões na Câmara discutem mudanças no sistema político-eleitoral.

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