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Acordo Mercosul-UE demora porque lado europeu está devagar, diz Serra

O ministro de Relações Exteriores nega paralisia do bloco sul-americano e comentou que há negociações para a criação de um novo instrumento para aumentar o comércio exterior das pequenas e médias empresas

atualizado

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Jessika Lima/AIG-MRE
Discurso do ministro José Serra na cerimônia de transmissão do cargo de ministro de Estado das Relações Exteriores.
1 de 1 Discurso do ministro José Serra na cerimônia de transmissão do cargo de ministro de Estado das Relações Exteriores. - Foto: Jessika Lima/AIG-MRE

O ministro de Relações Exteriores, José Serra, atribui a lentidão das negociações entre o Mercosul e a União Europeia para a ampliação do comércio entre os blocos como uma responsabilidade principalmente dos europeus. Serra nega paralisia do bloco sul-americano e comentou que há negociações para a criação de um novo instrumento para aumentar o comércio exterior das pequenas e médias empresas.

“(O Mercosul) não está paralisado. As questões são outras. Por exemplo, as negociações com a União Europeia não precisam da presidência do Mercosul. Se elas não estão andando, o problema está mais do lado da UE, que está indo muito devagar no processo” disse Serra, ao ser questionado sobre eventuais problemas gerados pela divergência do bloco sobre a presidência do Mercosul. Serra observou, inclusive, que Bruxelas tem feito algumas ofertas inferiores à oferecida nas negociações de 2004.

Para mostrar como o bloco sul-americano continua trabalhando, o ministro mencionou que há uma proposta em estudo para criar um operador comercial para micro e pequenas empresas. No Brasil, as conversas acontecem com o Sebrae. Segundo Serra, a ideia é que pequenas empresas possam exportar através de um operador – o que permitiria exportar sem as exigências burocráticas tradicionais. “Ele não precisaria ter todo o equipamento administrativo que hoje é exigido”, disse Serra.

O ministro lembrou que 75% das empresas exportadoras no Brasil são de micro e pequeno porte. Apesar desse grande número, o grupo responde por apenas 5% do volume do comércio.

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