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Polícia e Forças Armadas fazem operação em sete comunidades do Rio

As ações visam cumprir mandados judiciais de pessoas suspeitas de tráfico de drogas e roubos

atualizado

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LUIZ SOUZA/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO
MILITARES NO RIO DE JANEIRO
1 de 1 MILITARES NO RIO DE JANEIRO - Foto: LUIZ SOUZA/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO

As operações policiais e das Forças Armadas em favelas da zona norte do Rio de Janeiro nesta segunda-feira (21/8) deixaram 22,5 mil alunos sem aulas. A Secretaria Municipal de Educação informou que unidades escolares no Complexo do Chapadão, Manguinhos, Benfica, Higienópolis, Maria da Graça, Rocha, Triagem, Jacaré, Jacarezinho, Complexo do Alemão,  Del Castilho e Cachambi estão fechadas.

Ao todo, 31 escolas, 11 creches e 12 Espaços de Desenvolvimento Infantil da Prefeitura não abriram por causa da presença da polícia e dos militares. A medida é preventiva, para que alunos e profissionais não sejam expostos em caso de tiroteio. As duas áreas mais prejudicadas são Manguinhos/Benfica, com 5,6 mil alunos sem aulas, e o Complexo do Alemão, também com 5,6 mil.

Forças Armadas e polícias Civil, Militar, Federal, Rodoviária Federal e Força Nacional, além de membros da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), fazem operação integrada em sete comunidades do Rio de Janeiro. As ações visam cumprir mandados judiciais de pessoas suspeitas de tráfico de drogas e roubos. Até as 11h30, pelo menos 30 pessoas haviam sido presas.

De acordo com a Secretaria de Segurança (Seseg), as operações ocorrem nas comunidades do Jacarezinho, Alemão, Manguinhos, Mandela, Bandeira Dois e Parque Arará, além do Condomínio Morar Carioca, na zona norte.

Equipes das Forças Armadas são responsáveis pelo cerco em algumas dessas regiões e elas estão baseadas em pontos estratégicos para garantia da ordem no entorno das comunidades. Várias ruas estão interditadas e os espaços aéreos controlados com restrições dinâmicas para aeronaves civis. Não há interferência nas operações dos aeroportos.

Um recruta do Exército, Mateus Ferreira Lopes, de 19 anos, foi preso, suspeito de ter vazado informações para criminosos das comunidades onde a operação é realizada. De acordo com o Comando Militar do Leste, divisão do Exército responsável pelo Rio de Janeiro, o rapaz era monitorado e acabou preso. Ele teria contato com integrantes do Comando Vermelho.

Reprodução/TV Globo
Soldado Mateus Ferreira Lopes, de 19 anos, foi preso, suspeito de vazar informações a traficantes

De acordo com a polícia, durante toda a madrugada os agentes monitoraram os rádios utilizados por bandidos da comunidade do Jacaré e às 3h eles disseram: “Vamos dispersar”, evidenciando que a operação teria vazado para os traficantes.

No Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), na Cidade Nova, representantes de todas as instituições envolvidas na operação estão acompanhando e orientando, em tempo integral, os desdobramentos, desde as 5h.

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