metropoles.com

PM conta como presos conseguiram armas para rebelião em Manaus

Policial afirma que presidiários em regime semiaberto atuam como fornecedores em presídio da capital amazonense

atualizado

Compartilhar notícia

Daniel Teixeira/Estadão
complexo_penitenciario_anisio_jobim
1 de 1 complexo_penitenciario_anisio_jobim - Foto: Daniel Teixeira/Estadão

Um policial militar que estava presente na rebelião no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em Manaus (AM) relatou em entrevista ao “Fantástico”, da Rede Globo, como os presos tiveram acesso a armas e começaram o massacre que terminou com mais de 70 mortos.

Segundo o PM, que não se identificou, o presídio na capital amazonense conta com um ponto fraco. “Apenas um muro que separa os pavilhões dos regimes fechado e semiaberto”. O policial contou que os presos em condição semiaberta atuam como fornecedores para os companheiros. “Eles passam o dia e a noite soltos, cometendo crime e trazem armas e drogas para a prisão”.

Diferentemente do regime fechado, que é de responsabilidade da empresa terceirizada Umanizzare, os pavilhões semiabertos do presídio Anísio Jobim estão sob cuidados do governo local.

No dia da rebelião, o PM afirmou que percebeu uma movimentação estranha dos presos, que recebiam visitas no momento. “Eles pediam para os visitantes irem embora o quanto antes. Começaram a gritar ‘bora, bora, bora'”. Depois disso, os presidiários começaram o massacre.

Ainda segundo a testemunha, os presos tinham até mesmo dinamites, que foram usadas para explodir o muro do complexo penitenciário. No dia, mais de 180 detentos fugiram do local.

Compartilhar notícia