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Médica que recusou atendimento a criança no RJ depõe à polícia

Haydée Marques da Silva, de 66 anos, chegou à 19ª Delegacia de Polícia por volta das 10h30 e não falou com a imprensa

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SEVERINO SILVA/AGÊNCIA O DIA/AGÊNCIA O DIA/ESTADÃO CONTEÚDO
MÉDICA Haydee Marques da Silva breno
1 de 1 MÉDICA Haydee Marques da Silva breno - Foto: SEVERINO SILVA/AGÊNCIA O DIA/AGÊNCIA O DIA/ESTADÃO CONTEÚDO

A médica acusada de negligenciar o atendimento de uma criança de 1 ano e meio — que perdeu a vida após uma hora e meia — presta depoimento na manhã desta segunda-feira (12/6), na 19ª Delegacia de Polícia (Barra da Tijuca), na zona oeste do Rio de Janeiro. Haydée Marques da Silva, de 66 anos, chegou ao local por volta das 10h30 e não falou com a imprensa.

Ao ser questionada, a médica se limitou a dizer que já teria falado com jornalistas. Em matéria publicada no jornal Extra no domingo (11), ela se justificou dizendo que não era habilitada para atender crianças. Além disso, afirmou que estaria sem condições psicológicas para trabalhar.

Para o advogado da família do menino Breno Rodrigues Duarte da Silva, Gilson Moreira, que também está na delegacia, os argumentos de Haydée não justificam a omissão de socorro.

“Ela tinha um alerta para a Penha, e a Unimed abortou este atendimento para que a equipe prestasse socorro imediato ao Breno, então sabia da gravidade”, disse. “As razões que ela apresenta não têm fundamento. Ela deveria ter entrado no apartamento e encaminhado o menino para um hospital.”

A acusação contra a médica pretende ainda agravar a tipificação do crime. “A tipificação inicial é de crime culposo, mas vislumbramos que possa mudar para homicídio qualificado”, declarou Moreira. De acordo com o advogado, a família deverá processar também a empresa Unimed e pedirá ao Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj) o afastamento imediato da profissional.

Após o caso ter se tornado público, outras denúncias apareceram.

Vanessa Pinheiro Martins, de 33 anos, contou que o pai, Leonel Martins, de 62 anos, portador de esclerose amiotrófica, precisava apenas de uma lavagem estomacal. No entanto, o seu estado de saúde se agravou após ter ficado 10 minutos sem oxigênio a caminho do hospital, por orientação de Haydée.

Segundo a delegada Isabelle Conti, em 2011 a médica se recusou a atender um paciente que requisitou tomografia. “A paciente se exaltou, e a médica, indignada, chegou a arranhar a vítima. Isso foi em uma unidade de saúde no bairro de Todos os Santos, na zona norte do Rio.

O caso chegou ao Ministério Público e foi oferecida a ela uma transação penal, ou seja, um acordo que prevê, entre outros, a pena alternativa. No entanto, Haydée não cumpriu as medidas impostas e “o processo prescreveu pelo tempo decorrido”, contou.

Na semana passada, a polícia procurou a médica em três endereços. Os agentes estiveram em Botafogo, no Recreio dos Bandeirantes e em Benfica. Em nenhum deles, porém, a anestesista foi encontrada.

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