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Pobreza extrema no país cai a 2,8% da população, afirma Tereza Campello

Em 2004, a taxa de extrema pobreza no Brasil era de 7,6% da população. São consideradas extremamente pobres as pessoas com renda mensal de até R$ 77

atualizado

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Valter Campanato/Agência Brasil
Foto colorida mostra ex-ministra Tereza Campello em uma apresentação, falando diante de um microfone - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida mostra ex-ministra Tereza Campello em uma apresentação, falando diante de um microfone - Metrópoles - Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

 

A taxa de extrema pobreza no Brasil diminuiu de 7,6% da população, em 2004, para 2,8%, no ano passado, disse hoje (13) a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, após análise dos microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2014, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Na Região Norte, a pobreza extrema caiu de 9,6% da população, em 2004, para 3,9%, em 2014. No Nordeste, a redução foi de 16,5% para 5,7%. “O Brasil ainda tem muito a fazer, muita desigualdade a reduzir, muito o que melhorar com relação à pobreza. Mas chama a atenção a queda onde a gente tinha a maior severidade da pobreza no Brasil”, afirmou a ministra ao comentar os dados da Pnad 2014.

São consideradas extremamente pobres pessoas com renda mensal de até R$ 77, fixada com base na referência da Organização das Nações Unidas (ONU) para os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio.

Em dez anos, a queda da extrema pobreza foi mais acentuada entre crianças até 5 anos. O percentual caiu de 14,7%, em 2004, para 5,4%, no ano passado.

De acordo com a Pnad, de 2013 para 2014, o crescimento do rendimento médio mensal real domiciliar per capita no Brasil foi de 2,4% (de R$ 1.217 para R$ 1.246). Enquanto a parcela dos 10% mais pobres teve aumento real de 6,2% (de R$ 146 para R$ 155), os 10% mais ricos tiveram aumento de 2,1% (de R$ 5.076 para R$ 5.183).

Segundo o IBGE, o Índice de Gini, que mede a desigualdade, apresenta trajetória decrescente no Brasil desde 2004 e passou de 0,495, em 2013, para 0,490, em 2014 (quanto menor, menos desigual o país).

“Houve redução da desigualdade no país, sistemática e persistente. O Índice de Gini melhora em todas as regiões. Os indicadores mostram um Brasil que avança, que melhora do ponto de vista da renda, da cidadania, dos bens”, disse a ministra.

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