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PF cumpre mandados de busca e apreensão contra Rodrigo Bethlem

Ex-secretário teria dito em mensagens que esquema criminoso continuaria na gestão do atual prefeito do Rio, Marcelo Crivella

atualizado

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Antonio Araújo/Câmara dos Deputados
rodrigo bethlem
1 de 1 rodrigo bethlem - Foto: Antonio Araújo/Câmara dos Deputados

Em mais um desdobramento da Lava Jato no Rio de Janeiro, a Polícia Federal cumpre dois mandados de busca e apreensão, expedidos pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Criminal, em endereços ligados a Rodrigo Bethlem, ex-deputado federal pelo PMDB e ex-secretário municipal do governo de Eduardo Paes.

Bethlem foi intimado a prestar esclarecimentos na sede da PF. Integrantes da força-tarefa da Lava Jato do Ministério Público Federal (MPF) querem entender mensagens encontradas nos celulares de presos da operação Ponto Final, que investigou desvios no setor de transportes.

Segundo as investigações, as mensagens apontam que Bethlem seria intermediário em um esquema criminoso ligado à Prefeitura do Rio. Nelas, ele teria dito que o esquema criminoso continuaria na gestão do atual prefeito, Marcelo Crivella.

Em junho, a Justiça do Rio decretou, em caráter liminar, o bloqueio dos bens do ex-secretário de Assistência Social. “Há indícios da existência de suposto esquema de corrupção que teria causado prejuízo ao erário da ordem de R$ 60 milhões em decorrência de irregularidades praticadas, a princípio, por meio de uma única Secretaria Municipal”, diz a sentença que determinou o bloqueio.

O ex-secretário responde a outros processos. Em nota, ele afirmou que suas contas “já estão todas bloqueadas por conta de outras ações” e que o Ministério Público do Rio está “preocupado em jogar para a plateia”. “Essa ação de agora trata de um suposto superfaturamento, com valores absurdos, que, de acordo com documentos do Tribunal de Contas do Município que constam no processo, não somam 1.200 reais”.

Bethlem também acusou o Ministério Público de só se interessar “em investigar essas ONGs no período em que fui secretário da pasta”, embora todas já prestassem serviço para a prefeitura antes de sua gestão.

 

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