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Mulheres receberam 23,6% menos que os homens em 2015, aponta IBGE

Trabalhadoras ganharam, em média, R$ 2.191,59 naquele ano, enquanto o público masculino obteve R$ 2.708,22

atualizado

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Pedro Ventura/Metrópoles
igualdade salarial
1 de 1 igualdade salarial - Foto: Pedro Ventura/Metrópoles

As trabalhadoras brasileiras ganhavam, em 2015, 23,6% menos que os homens. Dados do Cadastro Central de Empresas (Cempre) revelam que, considerando o universo de pessoas ocupadas assalariadas, o público masculino recebeu, em média, R$ 2.708,22. Já as mulheres ganharam R$ 2.191,59. O levantamento foi divulgado nesta quarta-feira (5/7) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em 2015, o país tinha 5,1 milhões de empresas e outras organizações ativas que empregavam 53,3 milhões de pessoas, sendo 46,6 milhões (87%) assalariados e 7 milhões (13%) sócias ou proprietárias. Do total de assalariados, 56% eram homens e 44% mulheres. Em relação a 2014, esse número recuou 3,6%: houve queda entre os homens de 4,5% e, entre as mulheres, de 2,4%.

Em cinco anos, entre 2010 e 2015, o percentual de mulheres ocupadas assalariadas aumentou 1,9 ponto percentual. A maior participação feminina nesse período estava na administração pública e nas entidades sem fins lucrativos. Neste último ambiente, por exemplo, a participação das mulheres passou de 53,3% para 55,8% e a dos homens caiu de 46,7% par 44,2%, no período.

Os dados do Cempre revelam ainda que, nas entidades empresariais, embora os homens sejam maioria, a diferença entre o número de pessoal ocupado do sexo masculino e feminino vem caindo de 2010 para cá. No período, a diferença diminuiu 5,2 pontos percentuais.

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Em 2015, 79,6% do pessoal ocupado assalariado não tinha nível superior e 20,4% tinha. O número de empregados com nível superior cresceu 0,4%, enquanto a quantidade sem recuou 4,5%, em relação a 2014. Logo, a participação relativa de pessoas com nível superior aumentou 0,8 ponto percentual.

A pesquisa mostra também que, entre 2010 e 2015, apesar da predominância de trabalhadores sem nível superior, houve acréscimo de 3,8 pontos percentuais no número de empregados com nível superior, que era de 16,6% em 2010.

Em 2015, o salário dos trabalhadores com nível superior era, em média, de R$5.349,89 e o dos empregados sem nível superior, R$1.745,62, uma diferença de 206,5%.

Na comparação com 2014, o salário médio mensal teve queda real de 3,2%, sendo que para as mulheres esse declínio foi de 2,3% e para os homens de 3,5%. A queda no rendimento médio foi maior entre os trabalhadores sem nível superior (4,3%) do que entre os empregados com nível superior (3,8%).

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