metropoles.com

Justiça dá 3 dias para Samarco apresentar impactos em barragens

A mineradora deve mostrar reflexos de um possível rompimento das represas de Germano e Santarém, no distrito de Bento Rodrigues

atualizado

Compartilhar notícia

Rogério Alves/TV Senado
Rogério Alves/TV Senado
1 de 1 Rogério Alves/TV Senado - Foto: Rogério Alves/TV Senado

A Justiça de Minas Gerais mandou que a Samarco apresente em três dias à Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Semad) e ao Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), impactos de um possível rompimento das barragens de Germano e de Santarém, ambas da empresa, no distrito de Bento Rodrigues, Mariana. As duas represas ficam próximas à de Fundão, que rompeu no dia 5/11.

A de Santarém ruiu parcialmente, conforme a Defesa Civil de Minas Gerais. Na de Germano, desde a queda da barragem de Fundão, a Samarco realiza trabalho de reforço da estrutura, também conforme a Defesa Civil estadual.

O posicionamento, tomado pela 1ª Vara da Fazenda Pública Estadual, determina ainda que a Hidrelétrica de Candonga, no município de Rio Doce, a cerca de 100 quilômetros de Mariana, por estrada de rodagem, seja esvaziada para que seja possível conter o fluxo de lama caso a represa de Germano se rompa.

A hidrelétrica pertence a consórcio de empresas que tem a Vale, dona da Samarco, juntamente com a anglo-australiana BHP Billiton, como sócia-majoritária. A usina não funciona desde o rompimento da barragem de Fundão. O esvaziamento da represa tem que acontecer em dois dias. A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) também faz parte do consórcio.

Na decisão, tomada a pedido do Ministério Público de Minas Gerais (MP-MG) e do governo do Estado, a empresa é obrigada ainda a informar também o quadro de estruturas de apoio das represas chamadas Sela, Tulipa e Selinha. A decisão foi tomada com base em laudos elaborados por técnicos da Central de Apoio Técnico (Ceat) do MP-MG e de empresas contratadas pela própria Samarco, que atestaram comprometimento, principalmente, na estrutura da barragem de Germano.

No pedido do MP-MG, atendido pela Justiça, a Samarco terá também que prever “consequências e medidas emergenciais concretas a serem adotadas em cada cenário”, executar “integralmente as medidas emergenciais apresentadas nos estudos anteriormente citados, em caso de rompimento, bem como eventuais recomendações técnicas da Semad e do DNPM” e promover, “imediatamente, todas as medidas emergenciais indicadas pela Defesa Civil de Minas Gerais”.

Multa
O descumprimento acarretará multa diária de R$ 1 milhão, conforme a decisão. A assessoria do consórcio Aliança Energia, que controla a hidrelétrica de Candonga, informou que o grupo ainda não foi notificado pela Justiça sobre a decisão. A reportagem do Estado não conseguiu contato com a Samarco.

Além de destruir o distrito de Bento Rodrigues, a tragédia em Mariana já tem confirmadas 11 mortes. Cinco funcionários da Samarco e três moradores do vilarejo estão desaparecidos e dois corpos aguardam identificação.

Há uma semana, a lama que vazou da barragem, e atingiu o Rio Doce, chegou à foz do curso d’água, no distrito de Regência, em Linhares, litoral capixaba. Até o momento, além da devastação de matas ciliares, por exemplo, a lama ocasionou a morte de 11 toneladas de peixes no Rio Doce.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?