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Marinha instaura inquérito sobre naufrágio em Cananeia

Uma mulher de 41 anos e o filho, de quatro, morreram afogados. Os envolvidos devem prestar depoimentos nesta semana

atualizado

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Wikipedia/ Reprodução
Vista_parcial_do_povoado_de_Caiçara_do_Marujá,_Cananéia_SP
1 de 1 Vista_parcial_do_povoado_de_Caiçara_do_Marujá,_Cananéia_SP - Foto: Wikipedia/ Reprodução

A Marinha instaurou inquérito para apurar as responsabilidades sobre o naufrágio que matou duas pessoas no sábado (23/1), em Cananeia, no litoral sul de São Paulo. De acordo a Capitania dos Portos de São Paulo (CPSP), peritos passaram o fim de semana no local do acidente, conversaram com o piloto, Vanderlei Atanásio, e com o dono da embarcação, Julemar Cesar Duarte, e também com testemunhas. Um primeiro laudo já foi emitido, mas as informações do documento são sigilosas.

Segundo a capitania, todos os envolvidos no acidente serão intimados a prestar depoimento, entre esta segunda-feira (25) e terça-feira (26), na unidade do Porto de Santos do 8º Distrito Naval, que fica ao lado do Terminal Marítimo de Passageiros Giusfredo Santini – Concais.

O acidente aconteceu às 18h25 de sábado, no local chamado de Ponta da Prainha, a três quilômetros do Porto de Cananeia, no retorno de um passeio ao Parque Estadual da Ilha do Cardoso, perto da divisa com o Paraná. A embarcação Pérola Negra, que tem capacidade para 24 pessoas, transportava 20 passageiros e o piloto no momento do acidente. O barco, feito em alumínio, tem 8,6 metros de comprimento, foi fabricado em 2014 e pertence ao empresário César Duarte. O veículo está cadastrado para navegação interior (quando não há mar aberto), tinha permissão para transporte apenas de passageiros e estava em local regular no momento do naufrágio.

Elaine Cristina Verne Curtale, de 41 anos, e o filho Davi Curtale, de 4 anos, ficaram presos na cabine do barco e morreram afogados. Sergio Curtale, marido e pai das vítimas, também estava no barco e sobreviveu.

Há varias versões sobre as causas do acidente. A embarcação foi alugada por Renata Martir, bacharel em Direito que comemorava seu aniversário com um grupo de amigos. Em entrevista à Rádio CBN neste domingo (24), ela descreveu o acidente. “O piloto do barco estava correndo muito, estava em alta velocidade, pegou uma marola, saiu de lado, bateu três vezes na água, e virou. Meu filho, de 7 anos, foi arremessado. Meu marido foi arremessado. Alguns amigos foram arremessados e eu estava dormindo neste momento. Acordei já embaixo da água, com o barco virado por cima de mim. Foi horrível”, disse.

De acordo com Julemar Cesar Duarte, proprietário do barco, não houve marola ou qualquer movimentação externa para causar o acidente. “A lancha estava a aproximadamente três quilômetros do porto de Cananeia. Eles saíram para o passeio por volta de 10h e foram até a divisa com o Paraná. Quando estavam voltando, já na Ponta da Prainha, os passageiros resolveram mudar de posição nos bancos e um deles era obeso. Isso provocou o desequilíbrio e o barco virou”, diz Duarte.

“Nós navegamos naquela região a uma velocidade de 25 a 30 milhas (43,3 a 55,5 km/h), que é a velocidade de cruzeiro. Todos os passageiros usavam colete. O piloto é muito experiente, mas foi surpreendido pela movimentação repentina e não conseguiu evitar que o barco virasse”, afirma o proprietário do Pérola Negra.

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